As mulheres sul-mato-grossenses se destacaram durante o processo das eleições. Uma prova disso foi comprovada no resultado da apuração eleitoral em que as candidatas desbancaram seus adversários políticos e foram campeãs de votos.
Um grande destaque nacional foi a ex-ministra da Agricultura, deputada federal Tereza Cristina (PP), eleita com 60% dos votos válidos, o que representa mais de 829.149 mil votos. Ela disputou com o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (União) e o juiz federal Odilon (PSD) e o professor Tiago Botelho (PT). Somando a votação dos três não chega ao percentual de Tereza.
A deputada estadual Mara Caseiro (PSDB), que na última eleição, em 2018, ficou com suplente mesmo tendo mais de 20 mil votos devido ao coeficiente eleitoral e assumiu o mandato nos últimos dois anos, se tornou a mulher mais bem votada na história da Assembleia Legislativa, obtendo mais votos que o ex-governador Zeca do PT e o presidente da Casa, deputado Paulo Corrêa.
Ela se consagrou com quase 50 mil votos, exatos 49.512 pessoas, com ênfase para suas redes sociais e comunicação que conseguiu mostrar sua atuação e trabalho no Estado. Sua votação chegou a ser maior que a votação dos últimos três candidatos eleitos a deputado federal em Mato Grosso do Sul — os deputados Dagoberto Nogueira, Dr. Luiz Ovando e o novato Rodolfo Nogueira.
Outra grande promessa na política do Estado, vista por muitos como a nova liderança do PT até mesmo em nível nacional é a vereadora de Campo Grande e eleita a deputada federal Camila Jara.
Com menos de dois anos no mandato de vereadora, Camila se destaca por defender projetos importantes de inclusão social, demandas importantes da mulher, entre outras pautas. Suas redes sociais é sucesso, informando e inspirando muitos jovens a participar efetivamente da política. Ela foi a quarta deputada mais votada com 56.552 votos e única mulher do Estado.
A senadora de Mato Grosso do Sul Simone Tebet (MDB), candidata à presidência da República, também é outra inspiração para as mulheres. Na visão dos analistas políticos, a candidata foi a que melhor apresentou propostas nos debates dos presidenciáveis.
Apontada como terceira via, passou a votação do candidato Ciro Gomes (PDT), que estava em terceiro colocado, e marcou a disputa dos presidentes como uma candidata centrada e preparada. No entanto, a polarização entre o ex-presidente Lula e o presidente Jair Bolsonaro prejudicou sua votação.
Também de Mato Grosso do Sul, a senadora Soraya Thronicke (União Brasil) foi a quinta mais votada no País com 0,51%, 600.955 votos. Ele ficou conhecida pelas frases cômicas durante os debates presidenciáveis que se tornaram meme na internet.
No cenário estadual, Mato Grosso do Sul perdeu a oportunidade de ter a primeira mulher a governar o Estado: a deputada federal Rose Modesto (União) e a advogado Gisele Marques (PT) se apresentaram como candidatas. Ambas tiveram votação expressiva, em que Rose chegou a ser cogitada a disputar o segundo turno e Gisele passou seu adversário político Marquinhos Trad (PSD), o ex-prefeito de Campo Grande.
Como quarta colocada Rose Modesto teve 12,42% dos votos, 178.599 eleitores e Gisele ficou em quinta com 9,42%, o total de 135.556 votos da população sul-mato-grossense.