uso incorreto de Botox pode causar paralisia, diz Ministério da Saúde

por Assessoria de Imprensa


Ministério da Saúde alerta para risco de paralisia pelo uso inadequado de Botox
Paciente recebe aplicação de produto estético na boca (Foto: Sam Moghadam/Unsplas)

O Ministério da Saúde e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicaram, nesta quarta-feira (26), uma Nota Técnica Conjunta reforçando o alerta sobre o risco de botulismo iatrogênico. É um tipo raro da doença causado pelo uso inadequado da toxina botulínica, mais conhecida como “botox”.

O Ministério da Saúde e a Anvisa emitiram alerta sobre os riscos do botulismo iatrogênico, condição rara causada pelo uso inadequado da toxina botulínica. A doença pode provocar paralisia muscular e, em casos graves, comprometer a respiração, sendo potencialmente fatal se não tratada adequadamente.Desde 2024, o Brasil registrou 24 casos confirmados da doença. As autoridades ressaltam que os produtos registrados são seguros quando utilizados corretamente, respeitando doses e intervalos recomendados, e aplicados por profissionais qualificados em estabelecimentos autorizados. Sintomas como visão borrada e dificuldade para engolir requerem atendimento médico imediato.

Embora o botulismo iatrogênico seja raro, surtos já foram identificados em países como Turquia, Estados Unidos e Reino Unido. No Brasil, desde 2024, foram registrados 13 casos confirmados, sendo a maioria relacionada ao uso inadequado da toxina botulínica tipo A.

Só em 2025, até o momento, já foram confirmados 11 casos. A Anvisa alerta que mesmo uma simples suspeita de evento adverso deve ser registrada, mesmo sem confirmação sobre a relação com o medicamento.

A nota orienta tanto os profissionais de saúde quanto a população sobre os cuidados necessários para prevenir, identificar e tratar casos suspeitos dessa condição. O botulismo é uma doença grave, provocada pela toxina botulínica, uma substância produzida pela bactéria Clostridium botulinum.

Quando aplicada de forma inadequada, como em doses altas ou em intervalos menores que os indicados, a toxina pode entrar na corrente sanguínea e afetar áreas além do local de aplicação. Em casos mais graves, a doença pode levar à paralisia muscular, dificultando até a respiração, o que pode ser fatal se não tratado adequadamente.

Os primeiros sinais de alerta para o botulismo incluem visão borrada, pálpebras caídas, fala arrastada e dificuldade para engolir ou respirar. Caso algum desses sintomas seja notado após o uso de toxina botulínica, é crucial buscar atendimento médico imediatamente. Nos casos mais críticos, pode ser necessária a aplicação urgente de antitoxina para reverter os efeitos da doença.

A Anvisa esclarece que os medicamentos com toxina botulínica registrados e aprovados pela agência continuam seguros, desde que usados corretamente, ou seja, respeitando as doses, os intervalos recomendados na bula e sendo aplicados apenas por profissionais qualificados e em clínicas autorizadas. Esses produtos são seguros tanto para tratamentos estéticos quanto terapêuticos, quando administrados de acordo com as orientações.

Para os profissionais de saúde, a nota técnica enfatiza a importância de seguir as diretrizes para a identificação, diagnóstico e tratamento do botulismo iatrogênico. Além disso, eles devem realizar a notificação compulsória de casos suspeitos por meio do sistema VigiMed e registrar qualquer evento adverso relacionado ao uso da toxina botulínica.

A população também deve seguir algumas recomendações para evitar riscos. É fundamental utilizar apenas produtos registrados pela Anvisa e dentro do prazo de validade, buscar profissionais qualificados e clínicas devidamente autorizadas e respeitar as orientações de dosagem e intervalo da bula.

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