Uma expectativa sobre a OPA da Ambipar na CVM

por Assessoria de Imprensa


Isso porque o mandato do presidente interino, Otto Lobo, termina no fim do ano e, a despeito de sua mobilização em Brasília para ser “efetivado” no cargo, há pouco tempo hábil para que uma eventual nomeação saia nas próximas semanas. Com isso, o mais provável é que a presidência interina seja ocupada pelo diretor João Accioly do início de 2026 até, pelo menos, o fim do recesso parlamentar.

Como contou a coluna no sábado, a área técnica da CVM está pedindo que o colegiado do órgão reconsidere a decisão que barrou a OPA (oferta pública de aquisição) — operação potencialmente bilionária que obrigaria o fundador da Ambipar, Tércio Borlenghi Junior, a oferecer aos minoritários a chance de vender suas ações em condições semelhantes às da operação pela qual aumentou sua própria fatia na companhia.

Os técnicos alegam que há fatos novos sobre os envolvidos e, por isso, os diretores deveriam voltar ao tema. Desde que a OPA foi barrada, a Ambipar entrou em recuperação judicial, e o Banco Master — cujos fundos participaram das transações que fizeram as ações da Ambipar dispararem mais de 1.000% — foi liquidado.

Só que Lobo não pautou a demanda até agora, aprofundando a crise com os técnicos, que eclodiu justamente com o polêmico voto do presidente interino no caso da Ambipar. Sem Lobo, os técnicos enxergam um caminho mais fácil para que o colegiado paute o assunto.

Se o colegiado voltar a decidir sobre a OPA, não há garantia de que o resultado mude, é claro. O próprio Accioly votou contra a operação, embora a diretora Marina Copola e o ex-presidente João Pedro Nascimento tenham votado a favor. Só que, com a provável saída de Lobo, o colegiado da CVM ficará desfalcado — com apenas duas das cinco cadeiras ocupadas —, e um superintendente (essencialmente, um técnico de carreira da CVM) terá de ser nomeado diretor suplente.



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