Turismo gastronômico é coisa séria, não é só prazer e curtição, é lucro, é turismo turbinado.
Dois meses depois de o Rio ser estrela na 26 edição do Gastronomika, encontro top de gastronomia contemporânea em San Sebastian, na Espanha, e desembarcar com um grupo de chefs cariocas de valor por lá, o alto comando da Vocentro, empresa espanhola responsável pela Gastronomika e do Madri Fusion, está no Rio fazendo um tour pelas mesas cariocas. Benjamin Lana e Luis Marti, ciceroneados pela Secretária de Turismo, Daniela Maia, tomaram café no Empório Jardim, beliscaram no Cachambeer, almoçaram no Ocyá e jantaram no Oro. Até terça, segue o baile da comilança
“Eles estão fazendo um Raio X da cidade, conhecendo de perto a culinária carioca. O Rio tem tudo para entrar no circuito de turismo gastronômico junto com outras grandes cidades do mundo. E a idéia é essa, de traçarmos juntos estratégias para o posicionamento internacional da gastronomia do Rio “, diz Daniela Maia.
No quiosque do Rio na última edição do Gastronomika, Danilo Parah, chef do Ruda, pode ver de perto o interesse do público pela culinária carioca, do biscoito de polvilho ao picadinho e feijoada assinados por ele e Elia Schramm.
“Está mais do que na hora de colocar a culinária carioca no radar do mundo. Ela é diversa, rica, única”, exalta o chef.
Gastronomia é hoje o terceiro maior impulsionador de turismo no mundo, segundo dados da Organização Mundial de Turismo (OMT). Uma culinária bem cotada pode representar mais de 14% das motivações principais dos visitantes. E o tamanho desse mercado é fermentado: perto de US$ 1 bilhão.
A França sempre apostou na gastronomia. Na América Latina, o Peru é um bom exemplo dessa receita de sucesso: de pouco mais de 1 milhão de turistas anuais, pulou 3,5 milhões, fruto de investimentos na boa mesa, na criação de uma identidade e de ações como essa da Secretaria Municipal de Turismo.
E a “lotada” dos espanhóis segue turbinada até terça-feira, com mais de 15 paradas programadas.

