O Brasil vai, enfim, poder importar salmão fresco da Noruega. Há tempos, os governos dos dois países vêm negociando a vinda do pescado que depois do bacalhau é um forte ativo da aquicultura norueguesa. Um termo de cooperação será assinado na manhã desta terça-feira (16), no Rio. Entre as medidas do documento, a mais importante trata da redução dos impostos de importação, no caso dos pescados noruegueses, pode até zerar.
A Ministra do Comércio e Indústria da Noruega, Cecilie T. Myrseth, veio ao Rio especialmente para isso.
“Isso foi uma grande, longa jornada para chegar aqui. Vocês gostam do bacalhau, nós gostamos da forma que vocês apresentam, mas nós realmente queremos também apresentar nosso salmão e todos os outros pescados”, diz.
A medida abrange comércio de bens e serviços; tarifas de importação zeradas para setores estratégicos como o industrial e o pesqueiro. Em outros setores, diz o documento, haverá reduções graduais das tarifas
O local escolhido para promover a ação foi o bar Jurubeba, em Botafogo, onde o chef Elia Schram comandou uma aula-show, preparando pratos tradicionais à base de bacalhau e salmão da tradicional culinária nórdica, como tartare de salmão com maçã verde, aneto, coalhada e ikura e também – um clássico do clã Troisgros – o salmão em filé com molho de azedinha sobre mousseline de baroa.
”Talvez nós tenhamos dificuldade de massificar ele para o mercado, mas com certeza existem nichos que buscam um salmão diferente. Todo aquele salmão que a gente está buscando, com certeza é só o que falta.”
A ministra Cecilie não só ajudou Elia no preparo dos pratos como também fez questão de servir o salão. Não é sempre que temos uma autoridade dessa com bandeja na mão.
Além disso, o acordo também trata de propriedade intelectual, concorrência e medidas sanitárias e fitossanitárias, criando regras comuns para reduzir barreiras não tarifárias.
Mas aí, apontam alguns chefs, junto com a notícia e o novo acordo vem o custo para trazer o peixe da Escandinava. Mas aí é outro assunto…