Formada em design, Hermella criou guirlandas e arranjos com pinhas que hoje decoram casas até fora do País
Com olhar criativo, a designer de interiores Hermella CrisToledo transforma pinhas colhidas na natureza em obras de arte que enfeitam portas, mesas e diferentes ambientes. O que começou como uma distração durante a recuperação de uma doença, há 12 anos, virou um trabalho que mistura natureza e design.
A designer de interiores Hermella CrisToledo transformou uma atividade terapêutica em um negócio lucrativo ao criar obras de arte com pinhas coletadas na natureza. O trabalho, iniciado há 12 anos durante sua recuperação de uma doença, evoluiu para a produção de guirlandas artesanais, vasos e quadros decorativos. Suas criações, que custam entre R$ 150 e R$ 280, são pintadas à mão e decoradas com flores permanentes e elementos rústicos. O trabalho ganhou reconhecimento além das fronteiras de Mato Grosso do Sul, alcançando outras cidades brasileiras e até mesmo o exterior. Hermella divide seu tempo entre o ateliê, o trabalho de designer e a família, mantendo viva uma tradição artesanal que passa de geração em geração.
“Sou formada em design de interiores e sempre trabalhei com obras. Mas quando fiquei doente e precisei ficar em casa, acabei descobrindo o artesanato”, conta. O primeiro passo foi a confecção de bonecas, mas depois de um passeio perto de casa, o rumo da carreira mudou. “Eu via aquelas pinhas caídas no chão, peguei um saco e comecei a levar pra casa. Falei pro meu marido que um dia eu iria transformar e ainda ganhar dinheiro com isso’”, lembra.
Curiosa e autodidata, Hermella começou a pesquisar técnicas e testar tintas até encontrar o estilo que define suas peças. Ela faz guirlandas com pinhas naturais, pintadas à mão e montadas com diferentes assessórios que incluem flores permanentes, casinhas de madeira e pequenos detalhes rústicos. “Uso tintas PVA ou chalk, aplicadas com pincel, nada de spray. Pinto uma a uma, e depois monto as guirlandas com criatividade”, explica.
O resultado são composições versáteis, que vão muito além de peças para o Natal. “Aqui no Brasil a gente ainda tem o costume de usar guirlanda só em dezembro, mas lá fora é comum o ano todo. Minhas peças servem pra decorar portas, mesas de jantar, casamentos e até festas. É uma peça decorativa”, destaca.
Hermella também faz vasos e quadros com pinhas, como o que decora sua cozinha. “Peguei um pedaço de madeira, lixei, colei as pinhas e coloquei passarinhos de porcelana. Fica lindo”, descreve.
As guirlandas variam de R$ 150 a R$ 280, dependendo do tamanho e dos detalhes. “A pinha a gente acha na natureza, mas o restante dos materiais é comprado, a madeira, flores, cola, tintas. É um trabalho totalmente artesanal, que leva tempo e dedicação”, detalha
Com o tempo, as criações da artista ultrapassaram as fronteiras de Mato Grosso do Sul. “Já mandei peças pra várias cidades, como Bonito, Jardim e Rochedo, e algumas foram até para fora do País”, comemora.
Hoje, além de produzir, Hermella divide o fim de semana entre o ateliê, o trabalho de designer e o convívio com os filhos, que herdaram o gosto pelas artes manuais. “Os três gostam. A mais velha borda, o do meio pinta, e a caçula vive mexendo com madeira. É uma paixão que vem da minha mãe, que também fazia artesanato. Passou de geração em geração”, afirma.
Para Hermella, o trabalho com as pinhas é uma fonte de renda, além de uma terapia pessoal. “Deus me abençoou com esse dom em um momento difícil. Hoje vejo a beleza de transformar algo simples, que a natureza oferece, em algo que leva alegria para dentro das casas”, finaliza.
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