‘Temos que defender a América do Sul’, diz Amorim em relação à mobilização militar dos EUA no Caribe

por Assessoria de Imprensa


Em conversa com jornalistas durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), Amorim foi questionado se considera que o posicionamento crítico de Lula sobre uma suposta interferência dos EUA na Venezuela não atrapalharia o papel de moderador que o Brasil gostaria de ter neste contexto.

— Nós temos que defender a América do Sul, gente. Nós vivemos aqui. O Brasil tem fronteiras com dez países da América do Sul. — Nós não estamos discutindo uma coisa distante que você pode discutir por razões humanitárias, ou políticas ou geopolíticas. Nós estamos discutindo uma coisa que é na nossa fronteira, praticamente. É natural afirmou Amorim em declaração a jornalistas.

Recentemente, Lula decidiu mudar sua agenda para viajar à Colômbia nesta sexta-feira para participar da cúpula dos países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) com a União Europeia para expressar “solidariedade regional” à Venezuela, segundo confirmou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

Poucos meses após declarar cartéis de droga como “organizações terroristas” no início de seu segundo mandato, o presidente americano, Donald Trump, acusou o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, publicamente de liderar grupos de narcotraficantes internacionais. A partir de então, os EUA começaram a enviar embarcações e aeronaves de guerra para o Caribe, próximo à costa da Venezuela, com a justificativa de que os deslocamentos militares fazem parte de uma operação de combate ao narcotráfico, questão que alcançou o status de “assunto de segurança nacional” no segundo mandato de Trump. Os ataques a barcos de supostos traficantes na região — e posteriormente também no Pacífico — deram sequência ao avanço militar americano na região e já provocaram mais de 60 mortes.

Desde o início da escalada de tensão com o governo americano, Maduro responde as acusações de narcoterrorismo para se posicionar como defensor contra as “forças imperialistas dos EUA”, alegando que os ataques são uma tentativa de provocar a mudança de regime na Venezuela.



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