O Teatro Gláucio Gill, em Copacabana, celebra seus 60 anos com o “Festival todos no TGG – 30 espetáculos em 30 dias”, entre 3 de novembro e 2 de dezembro. As peças serão a preços populares, de R$ 5 (inteira) e R$ 2,50 (meia). Sempre às 20h, cada noite terá uma nova experiência: do drama ao musical, da comédia ao documentário cênico, do experimental ao clássico. O teatro vem atingindo a marca de 93% de ocupação da sala após a reforma.
Com 60 anos de carreira, a atriz Zezé Motta abre o festival no dia 3 de novembro, na próxima segunda-feira, com um solo musical. Participarão da programação astros como Clarice Niskier, Silvero Pereira, Bruce Gomlevsky, Mateus Solano, Kelzy Ecard, Vilma Melo, Rodrigo Pandolfo, Louise D’Tuani, Othon Bastos e Márcio Vito. Também marcarão presença coletivos do teatro contemporâneo, entre eles Armazém Companhia de Teatro, Cia dos Atores, Atores de Laura, Aquela Cia, Omondé e Complexo Duplo.
A comemoração se estende ao segundo andar da casa, com o novo “Cabaré melanina”, e a galeria recebe nova exposição de Nina Benchimol em novembro.
Dia 3 – “Zezé Motta”: show-espetáculo em que Zezé reconta momentos de sua trajetória artística por meio de canções, depoimentos e memórias, em comemoração aos seus 60 anos de carreira.
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Dia 4 – “Não me entrego, não”: Othon Bastos revisita sua vida em cena, celebrando histórias, amores e batalhas que moldaram sua jornada, no premiado solo.
Dia 5 – “Meu caro amigo”: é um espetáculo musical com a atriz Kelzy Ecard, que revisita a história do Brasil a partir da vida de uma professora apaixonada por Chico Buarques.
Dia 6 – “Neva”: atores enclausurados diante da tragédia do mundo lá fora questionam a função da arte em tempos de violência no espetáculo da Armazém Cia de Teatro.
Dia 7 – “Caravana alucinada”: uma trupe de artistas pelo subúrbio carioca transforma encontros cotidianos em pura poesia e movimento na peça de Jô Bilac com direção de Paulo de Moraes.
Dia 8 – “Alma imoral”: um olhar filosófico e bem-humorado sobre ética, tradição e o confronto entre corpo, alma e liberdade, com Clarice Niskier.
Dia 9 – “Macacos”: reflexão direta e urgente sobre racismo, com discurso confessional que convoca o público ao debate, com Clayton Nascimento.
Dia 10 – “Pequeno monstro”: Silvero Pereira mergulha em recordações de uma infância queer revelam dores, descobertas e sobrevivência pelo afeto.
Dia 11 – “Alzira Power”: dirigida por João Fonseca, a comédia pop sobre uma mulher que desafia as regras sociais com irreverência e música é um texto de Antônio Bivar.
Dia 12 – “Conselho de classe”: o cotidiano escolar expõe conflitos e escolhas difíceis quando a sobrevivência da educação está em jogo no espetáculo da Cia dos Atores.
Dia 13 – “Noites de parangolé”: performance que homenageia Hélio Oiticica, misturando música, corpo e arte em movimento contínuo, do Teatro de Anônimo.
Dia 14 – “A palavra que resta”: um homem encara o passado e o que nunca pôde dizer sobre amor, desejo e memória no espetáculo da Cia Atores de Laura.
Dia 15 – “Raul Seixas — O musical”: Bruce Gomlevsky dá vida ao músico baiano em uma noite insone que revela canções, sonhos e contradições de um dos artistas mais emblemáticos do Brasil.
Dia 16 – “Mãe de santo”: tradições de terreiro ganham cena em um solo sobre espiritualidade, resistência e legado feminino, com texto de Renata Mizrahi e atuação de Vilma Melo.
Dia 17 – “Alaska”: dois desconhecidos, vividos por Rodrigo Pandolfo e Louise D’Tuani, ficam isolados no frio extremo e se veem diante das suas próprias verdades.
Dia 18 – “O último ensaio”: uma companhia à beira do fim enfrenta fantasmas, vaidades e o amor pelo palco. Com Inez Viana.
Dia 19 – “Caranguejo Overdrive”: um ex-combatente volta para uma cidade transformada e luta para não perder sua identidade na peça d’Aquela Cia de Teatro.
Dia 20 – “Pelada, a hora da Gaymada”: futebol, festa e música se encontram em uma comédia sobre orgulho e diversidade no espetáculo do Complexo Negra Palavra.
Dia 21 – “O legado”: a escrita como abrigo: afetos, literatura e o que deixamos para quem amamos. O espetáculo foi criado a partir da obra de Caio Fernando Abreu pela Cia Teatro Íntimo
Dia 22 – “Cabeça”: um retrato poético dos anos 1980 a partir da energia contestadora do rock nacional, direção de Felipe Vidal.
Dia 23 – “Meu corpo está aqui”: histórias reais de artistas com deficiência celebram autonomia, desejo e presença na peça criada por Julia Spadaccini.
Dia 24 – “Toda donzela tem um pai que é uma fera”: comédia de costumes no Rio dos anos 1950, marcada por desencontros amorosos e muito humor, com direção de Débora Lamm.
Dia 25 – “A descoberta das Américas”: a aventura tragicômica de um anti-herói (Julio Adrião) que testemunha a violência e a farsa da colonização.
Dia 26 – “O figurante”: quando a vida passa nos bastidores, é preciso decidir se chegou a hora de assumir o protagonismo na comédia com Mateus Solano.
Dia 27 – “Claustrofobia”: o medo de ficar preso — física ou emocionalmente — vira uma luta por liberdade no solo com Márcio Vito.
Dia 28 – “O formigueiro”: uma família enfrenta o Alzheimer e descobre memórias que podem unir ou separar. Direção de Thiago Marinho.
Dia 29 – “Selvagem”: entre o real e o virtual, um jovem tenta sobreviver à violência invisível das redes no solo de Felipe Haiut.
Dia 30 – “Órfãos”: dois irmãos sequestram um homem e revelam um abismo de abandono, afeto e sobrevivência. Com Ernani Moraes e direção de Fernando Philbert.
Dia 01/12 – “Porque não nós”: corpos negros em coro criam uma celebração cênica de pertencimento e potência coletiva. Samuel de Assis e Amaury Lorenzo estrelam a peça criada por Julia Spadaccini
Dia 02/12 – “Alma brasileira”: música e cena traçam um retrato afetivo da cultura nacional em suas contradições e encantos.
O endereço é Praça Cardeal Arcoverde, Copacabana. O preço é R$ 5 (inteira) e R$ 2,50 (meia). A classificação etária varia conforme o espetáculo. Vendas na bilheteria e site da Funarj.
O Cabaré Melanina terá “O tempo passou, ela que te enganou”, um solo cômico-musical que revisita 500 anos de presença negra no Brasil com humor, crítica e ancestralidade, com direção de Orlando Caldeira. No elenco, estão Lucas Baptista, Nádia Bittencourt, Fernanda Xavier, Sara Hana, Djferson Mendes, Hugo Germano e Will Soares. As apresentações são às sextas e aos sábados, de 7 a 29 de novembro, com sessões extras às quintas (dias 20 e 27 de novembro), às 22h. O preço é R$ 5 (inteira) e R$ 2,50 (meia), no Espaço Cabaré do Gláucio. A classificação é 18 anos.
No projeto Primeiros Passos, são apresentados novos compositores e vozes, sempre segundas-feiras, às 21h30, por R$ 5 (inteira) e R$ 2,50 (meia), no Espaço Cabaré do Gláucio. A classificação é 14 anos.
Na Sala de Exposições, haverá a mostra de Nina Benchimol – Cor, Forma e Energia, com obras que exploram padrões geométricos, abstração e uma paleta vibrante inspirada em herança marroquina. Todos os dias, das 10h às 20h, com entrada gratuita e classificação livre.

