senador tenta ‘ressuscitar’ CPI após operação que levou à prisão de CEO

por Assessoria de Imprensa


Após a operação policial que levou à prisão do dono do banco Master, Daniel Vorcaro, e outros seis executivos ligados à instituição financeira, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) decidiu protocolar um requerimento para tentar “ressuscitar” a CPI do Master.

Esta é a segunda vez que o Senado tenta abrir uma investigação sobre os negócios do banco, que teve a liquidação anunciada na terça-feira (18) pelo Banco Central.

A primeira ofensiva, capitaneada pelo senador Izalci Lucas (PL-DF), foi abortada em abril deste ano mesmo pelo próprio senador, mesmo já tendo mais que o número mínimo de assinaturas (27) exigidas para ser instalada. Um dos que comandaram a pressão nos bastidores foi o senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI), conforme revelou o blog.

O pano de fundo da CPI de Izalci era a controversa compra de ações do Master pelo BRB, banco estatal de Brasília, que entrou na mira do Ministério Público e provocou mal-estar na cúpula do governo do Distrito Federal.

Agora, Girão pretende abrir uma “investigação legislativa profunda, ampla e rigorosa sobre as operações fraudulentas atribuídas ao Banco Master, às empresas e pessoas físicas a ele vinculadas, bem como às instituições financeiras que com ele celebraram negócios de alto risco, a exemplo das operações bilionárias envolvendo o Banco de Brasília (BRB), além de possíveis transações fraudulentas entre o Banco Master e a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC)”, conforme requerimento obtido pelo blog.

“Os fatos já revelados por decisões judiciais, investigações da Polícia Federal, manifestações do Banco Central e levantamentos preliminares da imprensa demonstram a existência de um esquema de emissão e circulação de títulos sem lastro, manipulação contábil, engenharia financeira simulada e constituição de carteiras de crédito fictícias, que podem configurar uma das maiores pirâmides financeiras já identificadas no País, com dano sistêmico ao mercado e potencial prejuízo ao patrimônio público”, sustenta o senador.

Conforme informou o blog, ao longo da investigação que levou à prisão de Vorcaro e outros seis alvos na Operação Compliance Zero, técnicos do Banco Central relataram à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público que nunca tinham sofrido tamanha pressão política em favor de uma instituição financeira como a sofrida para tentar salvar o Master.

O lobby foi detalhado aos investigadores por quadros experientes da instituição, que já lidaram com várias outras tratativas e litígios no setor financeiro. Nada comparado à trama do Master, garantem. Após a deflagração das diligências da PF, o BC determinou a liquidação extrajudicial do banco de Vorcaro, que terá como consequência o maior resgate da história do FGC.

A Justiça Federal do Distrito Federal viu indícios robustos de uma organização criminosa com divisão de tarefas nas investigações sobre o Banco Master, que teria provocado um prejuízo de mais de R$ 10 bilhões aos cofres públicos. Vorcaro nega as acusações.



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