“Se quisesse, o MDB seria meu em MS”, diz ministra sobre disputa

por Assessoria de Imprensa


Cortejada pelo PSB, ministra diz que Lula pediu que deixe a porta aberta para o Senado em SP até fevereiro

Simone Tebet rebate MDB e Puccinelli: “Se quisesse, o partido seria meu em MS”
Simone Tebet quando foi candidata a presidente, votando em primeiro turno (Foto: Marcos Maluf/Campo Grande News)

A ministra Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento, virou uma das vitrines do governo Lula 3. É também cortejada pelo bisneto de Miguel Arraes, o prefeito do Recife, João Campos, para ingressar no PSB, e já tem envergadura e céu de brigadeiro para alçar voo nacional. Seus problemas, no entanto, estão em casa: a maioria do MDB sul-mato-grossense torce para que ela aceite disputar o Senado por São Paulo, livrando a cúpula do partido de um incômodo local.

A ministra Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento, enfrenta decisão crucial sobre sua candidatura ao Senado em 2024. Embora seu coração penda para Mato Grosso do Sul, onde mantém suas raízes políticas, há pressão do presidente Lula para que dispute por São Paulo, onde pesquisas a apontam bem posicionada. Em meio a divergências no MDB sul-mato-grossense, Tebet garante ter vaga garantida no partido caso decida concorrer pelo estado. A ministra afirma que manterá apoio a Lula mesmo que isso signifique não contar com palanque de correligionários locais, como o ex-governador André Puccinelli. A definição sobre sua candidatura deve ocorrer entre janeiro e fevereiro de 2024.

Mas Simone dá de ombros. Diz que, embora dividida, o coração pende para sua base e avisa que o esforço de um dos caciques, o ex-governador André Puccinelli, não é suficiente para barrá-la:
“O partido em Mato Grosso do Sul, se quisesse, era meu — mas não é isso. A Executiva Nacional disse: ‘Você quer o partido?’ E eu respondi: ‘Não. Eu não sei ser presidente de partido. Não quero. Os companheiros estão lá, tocam o dia a dia, e tenho carinho enorme por eles’.”

A ministra deixa claro, em entrevista exclusiva ao Campo Grande News — uma das raras em que rompe o silêncio para tratar de temas variados, mas espinhosos para quem tem a chave do cofre do país e precisa definir o destino político —, que topa a luta interna no partido e garante: se decidir, em comum acordo com Lula, sair candidata pelo Estado, ninguém no MDB local lhe tirará esse direito.

“Não precisava nem o Baleia (deputado Baleia Rossi, presidente nacional do MDB) dizer que a vaga é minha”, afirma, lembrando o principal adversário foi feito político dentro de sua casa: “O André foi levado para a política por meu pai (o ex-senador Ramez Tebet).”

Ela faz questão de frisar um detalhe que esvazia o discurso antipetista do correligionário:
“O eleitorado do André é lulista. O voto dele vem sobretudo dos bairros de Campo Grande, e ali o Lula sempre teve cerca de um terço do eleitorado do Estado.”

Nesta entrevista, a ministra afirma que “a maioria absoluta” da população sul-mato-grossense ficará isenta do Imposto de Renda com a nova lei; garante que, para a solução dos conflitos indígenas, o STF criou uma jurisprudência que “abre a porteira” para indenizar fazendeiros que aceitarem reduzir valores; e diz que não há mais obstáculos da área econômica para a renegociação da dívida do Estado com a União.

Disputa no MDB e pressão para que saia por São Paulo

A senhora será candidata por Mato Grosso do Sul ou São Paulo?
Do meu coração, é por Mato Grosso do Sul, meu domicílio eleitoral, minha terra. Mas aí o presidente Lula veio com a história: “Você está bem cotada lá…”. Surgiu uma pesquisa em que eu aparecia em primeiro lugar em São Paulo. Quando você tira o Alckmin, eu fico com o segundo voto da esquerda e o primeiro voto do centro no estado.

Na eleição passada, como não pude fazer campanha em MS para não atrapalhar os companheiros, foquei no Sudeste — e tive cinco milhões de votos numa disputa totalmente polarizada, chegando a 9% no primeiro debate. Depois, o intervalo enorme entre os debates matou qualquer chance: o país já estava dividido.

Minha intenção era só falar para o Brasil, como mulher e como sul-mato-grossense. Agora, é esperar a conversa com o presidente, que disse querer organizar a casa entre o fim de janeiro e o início de fevereiro.

PSB na mesa, mas raízes fincadas em MS

O Alckmin disse que seria uma honra a senhora sair pelo PSB…
Sim, mas é porque a Tabata (deputada Tabata Amaral, PSB-SP) esteve aqui em nome do João Campos, presidente do partido, perguntando se ele podia conversar comigo. É óbvio que sim, por razões políticas e tudo mais. E me fez o convite para ir ao PSB. Mas eu expliquei a situação e disse: “Olha, vamos fechar o ano, né…”

O PSB não é um caminho interessante?
É difícil. Sou sul-mato-grossense, tenho raízes, história e quase 30 anos de vida pública. Fui a primeira prefeita mulher de Três Lagoas, reeleita, a primeira vice-governadora e hoje estou em um dos ministérios mais importantes que o Estado já teve. Independentemente de se gostar ou não do presidente, é uma honra cuidar do orçamento do país inteiro. E, se eu não estivesse aqui, muito do que o governo de Mato Grosso do Sul pleiteou não teria sido alcançado.

Como o que, por exemplo?
Concluímos a estadualização das BRs, que agora serão duplicadas, e avançamos na autorização da nova ferrovia. Também garantimos recursos a fundo perdido e verbas do FOCEM (Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul) para obras em Ponta Porã, Corumbá e Amambai. No dia 20 de dezembro, será inaugurado o Hospital Regional de Dourados. Além disso, está em andamento a implantação do primeiro hospital com setores totalmente inteligentes do país, em São Paulo, com financiamento de R$ 1,2 bilhão e tecnologia chinesa — praticamente cedida pelo governo Xi Jinping por meio do Banco dos BRICS. Esse projeto inclui 14 UTIs inteligentes para 14 estados; uma delas irá para Dourados, atendendo 28 municípios da região. A expectativa é iniciar a implementação no segundo semestre do ano que vem, já que a estrutura local está pronta para receber a nova ala.

Relação com Puccinelli, palanques e o eleitor lulista 

Mas a senhora enfrenta divergências sérias com o MDB sul-mato-grossense e André Puccinelli. Isso tem solução?
Já foram solucionadas. O que o André quis dizer — e eu não tiro a razão dele — é que ele não pode estar no meu palanque se eu estiver pedindo voto para o Lula. Mas isso não significa que vão me impedir de pedir voto para o Lula. Na minha avaliação, o eleitor dele é majoritariamente lulista; é um equívoco imaginar o contrário. O voto do André vem sobretudo dos bairros de Campo Grande, e ali o Lula sempre teve cerca de um terço do eleitorado do estado. Todas as pesquisas mostram isso: esses votos estão concentrados na capital, especialmente nos bairros. Tenho enorme carinho pelo André — fui vice dele, conheço-o desde menina, meu pai o trouxe para a política.

O partido em Mato Grosso do Sul, se quisesse, era meu — mas não é isso.
O presidente do partido foi meu professor: o Moka (o ex-senador e secretário de Relações Institucionais em Brasília) é meu irmão político e foi meu professor. A Executiva Nacional disse:
“Você quer o partido?”
E eu respondi:
“Não. Eu não sei ser presidente de partido. Não quero. Os companheiros estão lá, tocam o dia a dia, e eu tenho carinho enorme por eles.”

Não precisava nem o Baleia (deputado Baleia Rossi, presidente nacional do MDB) dizer que a vaga é minha.
O próprio (Waldemir) Moka (presidente regional do partido) disse:
“Vai ter sua vaga.”

Mas nós temos um problema mesmo: os companheiros não vão subir no meu palanque quando eu estiver pedindo voto para o Lula. E está tudo certo — porque eu vou pedir voto para o Lula mesmo. Não precisamos estar juntos no palanque. Não tem problema algum.

Sua decisão depende do Lula?
A eleição será muito difícil. A disputa para o Senado é importante, mas a presidencial será ainda mais dura, e todos vão fazer seus cálculos. Como fui candidata a presidente e tenho projeção nacional, a orientação do presidente é avaliar onde posso ajudar mais. E me coloquei à disposição. Disse a ele que não estou preocupada em ganhar ou perder — faço parte de um projeto de país no qual acredito.

Como foi a abordagem do presidente para que a senhora saia por São Paulo?
Disse ao presidente que estava à disposição até 2026, se fosse necessário. Ele respondeu que, por eu ter recall nacional e atuar com lealdade ao governo, seria importante avaliar onde eu poderia ajudar mais numa eleição decisiva — especialmente no Senado, que pode definir rumos da democracia e do STF. Lula citou as pesquisas de São Paulo e pediu: “Não feche as portas por enquanto.” Eu reafirmei minhas raízes em Mato Grosso do Sul, e ele insistiu para que eu aguardasse.

Aprendi com meu pai — que deixou o Ministério da Integração para disputar a Presidência do Senado a pedido de Fernando Henrique — que só se diz “não” a um presidente democraticamente eleito quando o pedido não é republicano. Essa responsabilidade pesa ainda mais quando se trata de um ministério que lida com o orçamento do país.

O que mais pesa na avaliação sobre trocar de partido se sair por São Paulo?
É muito difícil. É outra questão complicada para mim.
Se eu for para São Paulo, terei dificuldades dentro do MDB ou no eventual apoio do MDB ao adversário. É uma questão que dificulta. O Tarcísio é candidato a presidente? O MDB vai apoiar o Tarcísio? Eu teria dificuldade. Eu não posso ficar no MDB se essa for a configuração.

O PSB é alternativa se candidata por MS?
Não. Se eu for candidata em Mato Grosso do Sul, é pelo MDB — e ponto.
Está acertado. Os colegas estão acertados.
O MDB está pacificado lá.

O PT do Mato Grosso do Sul também está à sua espera
Tenho conversado com eles. O PT sempre foi muito fiel ao presidente Lula. E eu nunca tive problema em conversar. Uma pessoa de centro tem essa facilidade: conversa com todos os espectros. Eles já avisaram: se eu for candidata, o PT provavelmente não lançará candidato ao Senado e me apoiará. Fico muito feliz. A relação é muito boa. Eu procuro ajudar, dentro do possível, as demandas deles.

A senhora conhece São Paulo?
Tenho vínculos com São Paulo: minhas filhas moram lá (na capital), meu marido é paulista e tenho um pequeno imóvel no litoral. Vendi meu sítio em Três Lagoas para ajudar na formação delas. Conheço bem o estado — fiz campanha em várias regiões —, mas a decisão não será por geografia, e sim por identidade política.

Tem uma data para decidir?
Essa conversa deve avançar entre o fim de janeiro e o início de fevereiro, quando terei a primeira definição com o presidente Lula.

Infraestrutura, economia, IR e conflitos indígenas

Como acha que serão as eleições do ano que vem? A polarização pode acabar?
As pessoas estão cansadas. As pesquisas mostram que voltou a crescer quem busca uma terceira via: são 31% da população — um terço. Foi menor no passado e mostra que exauriu a pauta do extremismo. Essa experimentação não deu certo. As pessoas querem encher a barriga, ter dinheiro no bolso, poder ter o 13º — e, se possível, o “14º” com o imposto de renda — para gastar, pagar contas. A população está endividada.

Quer aumento real do salário mínimo. Quer paz no campo. O agro quer continuar vendendo como nunca. Quando a economia vai bem, o radicalismo — seja de esquerda ou de direita — desaparece. Porque as pessoas não têm revolta e não há quem sequestre o pensamento delas.

O governador Eduardo Riedel terá seu apoio?
Sim, desde sempre. Independentemente de qualquer coisa. Eu sei que ele não vai apoiar o presidente Lula — e ele deixa isso claro quando vem aqui. Mas ele tem bom trânsito porque é equilibrado. Ele não fala mal do governo federal, não cospe no prato que come, porque sabe que a maior parte dos investimentos em Mato Grosso do Sul hoje são do governo federal e agradece. E o presidente Lula tem essa característica que aprendi a admirar: ele não olha para partido político. Nunca tivemos tantos investimentos do governo federal como agora. Pode puxar a capivara — pode puxar.

Que avaliação a senhora faz da nova lei da isenção do IR?
Pagamos uma dívida histórica com a classe média. Ao longo dos anos, governos atenderam principalmente grupos com lobby forte — ricos, super-ricos e o agronegócio — por meio de renúncias fiscais e benefícios que somam cerca de R$ 600 bilhões anuais. Também é obrigação do Estado financiar políticas para os mais pobres, como saúde, educação e programas sociais. Nesse modelo, sobrava pouco espaço para atender a classe média, que sempre arcou com uma carga elevada de IR, mesmo ganhando 5 a 8 mil reais — renda considerada classe média baixa em muitos países.

No primeiro ano, recompusemos as políticas sociais; no segundo, o equilíbrio tributário; e, no terceiro, enfrentamos a distorção. Apresentamos ao presidente uma solução que não aumentasse carga para pobres, produtores, empresários ou serviços. Ao identificar que profissionais como professores e jornalistas pagavam 9% de IR enquanto uma faixa dos super-ricos pagava 2,5%, propusemos tributar essa faixa em 10%. Foi uma medida neutra e justa, que devolve renda à economia via classe média e ainda impulsiona o PIB.

O Congresso está tentando mudar o que foi decidido. O que pode vir pela frente?
O projeto já foi sancionado, então não haverá alteração no que está sancionado. O Congresso fez contribuições importantes, melhorando a compensação e atendendo justamente a classe média. Foi aprovado por unanimidade. Não vejo esse tema voltando para discussão. Acho que o compromisso dos próximos candidatos será aumentar ainda mais essa faixa e atualizá-la pela inflação. Quem sabe isenção total para quem ganha até R$ 7 mil e parcial até R$ 8 mil. Isso deve entrar no debate de 2026 para vigorar em 2027.

Qual o impacto para Mato Grosso do Sul da isenção até R$ 5 mil e descontos de até R$ 7.350 mensais?
O IPEA ainda está avaliando detalhadamente os impactos regionais. Posso afirmar com tranquilidade: a maioria absoluta da população do estado deixará de pagar imposto de renda. Essa é a média salarial do funcionalismo.

O governo de Mato Grosso do Sul vai conseguir refinanciar a dívida pública?
Sim, do ponto de vista dos investimentos estaduais, o governador já lançou projetos e deve lançar outros. Do lado federal, há muito dinheiro: são R$ 10 bilhões em obras no estado, sendo mais de R$ 1 bilhão apenas em duas obras do PAC. Somam-se a esse volume os repasses para saúde, educação, obras, constitucionais, etc. Além disso, o governador está conseguindo financiamentos. Da nossa parte, não há nenhum obstáculo: Mato Grosso do Sul tem capacidade de financiamento e cumpre as determinações para refinanciamento.

E a Rota Bioceânica? Quando começa a operar?
A operação deve começar em meados do ano que vem. O trecho paraguaio já está concluído, e a ponte deve ficar pronta até agosto, com a alça finalizada entre novembro e dezembro. Mesmo antes da conclusão total, o “beijo” da ponte — previsto para maio — já permitirá autorizações excepcionais de passagem. Falta apenas a conclusão da Receita Federal na área da alça, que integra um pacote de R$ 1 bilhão em investimentos federais via Itaipu, dividido entre a própria alça e obras associadas.

A China terá parceria ampliada na rota?
Estive três vezes na China este ano e tratei diretamente com o presidente Xi Jinping sobre ferrovias. Eles sabem que não buscamos a Rota da Seda — não queremos que sejam donos da infraestrutura — e não é isso que pretendem aqui. A relação com o presidente Lula é excelente: quando ele pediu agilidade na isenção de vistos, em 24 horas a exigência foi retirada. Eles veem o Brasil como país irmão e têm interesse logístico: querem comprar nossos produtos mais rápido e vender os deles. A Rota Bioceânica interessa a ambos. Há duas frentes ferroviárias: a estadual, com duplicações das BRs 262 e 267 após leilão, e a federal, pela antiga malha Campo Grande–Água Clara–Três Lagoas–Aparecida/SP, sem participação chinesa inicialmente — mas aberta a investidores no leilão. Além disso, firmamos um memorando pelo qual a China entregará, em até 18 meses, o estudo completo de uma ferrovia bioceânica ligando Bahia ao Peru, via Centro-Oeste e Amazônia. Um projeto de 6 mil km cujo executivo será entregue gratuitamente em 2026, permitindo um grande leilão no próximo governo.

O governo federal tem proposta para começar a resolver os conflitos pela terra entre indígenas e fazendeiros?
A gente abriu a porteira. O caso de Antônio João criou um caminho: ao ser resolvido com participação do governo e do Judiciário, agora tem jurisprudência para que conflitos semelhantes possam ser tratados da mesma forma no STF. O desafio é orçamentário. A partir do ano que vem, será preciso destinar recursos específicos para indenizações, analisadas caso a caso — porque o orçamento é limitado e o custo das propriedades é muito alto, de R$ 20 milhões a R$ 40 milhões. Também há divergências dentro do próprio Supremo sobre marco temporal e sobre quando e como indenizar. Primeiro, é preciso comprovar que a área é indenizável — o que não ocorre, por exemplo, em casos de grilagem em terras públicas no Norte. Em MS, porém, o Estado titulou essas áreas no passado; certo ou errado, tornou-se uma responsabilidade federal, que o Estado não pode arcar sozinho. Com a demarcação, surgem conflitos, e os próprios indígenas querem a indenização porque precisam da terra. Indenizam-se terra e benfeitorias essenciais, não itens supérfluos. E hoje há mais compreensão entre todas as partes de que, sem concessões mútuas, nada avança.

Quais são os pontos de conflito de maior emergência no Estado?
Não quero cravar um número, mas estimamos entre 12 e 14 áreas que precisarão ser resolvidas ao longo do tempo. São áreas pequenas — às vezes se fala em 2 mil hectares, mas muitas têm apenas 200. Somadas, caberiam em uma grande fazenda, mas hoje estão fragmentadas. Dessas, quatro ou cinco, perto de Dourados, são as mais emergenciais.

O que falta para resolver?
Falta o Congresso destinar recursos específicos para a desapropriação de áreas indígenas. Mas é improvável que isso aconteça já para 2026, que deve ser um ano de debates, análises e definições — inclusive na esfera judicial. A tendência é que o tema seja solucionado na Justiça, com aval do STF, até se chegar a um consenso.

Quais são as dificuldades?
O caminho já foi aberto; a “porteira”, escancarada. O grande entrave agora é o valor das indenizações. Se o proprietário pedir muito acima do razoável, nada avança. O Judiciário pode determinar o depósito judicial, permitindo a saída do ocupante quando houver autorização. A maioria, porém, quer acordo — todos estão cansados do impasse. Mas não posso responder oficialmente porque isso depende das tratativas conjuntas do Ministério dos Povos Indígenas, da AGU e do Judiciário.



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