RS investiga quatro casos suspeitos de intoxicação por metanol

por Assessoria de Imprensa


Quatro casos suspeitos de intoxicação por metanol estão em apuração no Rio Grande do Sul, conforme informações divulgadas pelo governo estadual nesta quinta-feira (9/10). Os registros em análise envolvem moradores de Passo Fundo, Novo Hamburgo, Viamão e da capital, Porto Alegre. Uma quinta ocorrência foi descartada após exames complementares.

As vítimas em observação são uma jovem de 20 anos, residente em Passo Fundo; um homem de 21, natural de Novo Hamburgo; outro de 64, em Viamão; e um paciente de 28 anos em Porto Alegre. Todos apresentaram sintomas compatíveis com o quadro clínico causado pela substância tóxica, utilizada em produtos industriais, como solventes.

O metanol é um tipo de álcool extremamente perigoso para consumo humano. Ao ser metabolizado pelo organismo, transforma-se em compostos altamente lesivos, podendo comprometer o sistema nervoso central, a visão e órgãos vitais, como fígado, pulmões e rins. Os efeitos podem incluir desde distúrbios visuais e neurológicos até coma ou morte.

Na quarta-feira (8), o estado confirmou o primeiro caso de contaminação por metanol associado à ingestão de bebida adulterada. Trata-se de um homem de 42 anos, que consumiu caipirinhas com vodka em um bar na cidade de São Paulo, em 26 de setembro. Ele apresentou os primeiros sintomas — febre, dor abdominal e cefaleia — entre 12 e 24 horas após o consumo, seguidos por turvação visual e alteração na percepção de cores.

O paciente foi internado no Hospital São Lucas, em Porto Alegre, e recebeu alta médica após evolução favorável. Permanece sob acompanhamento da Vigilância em Saúde.

Diante do alerta sanitário, o governo estadual instituiu, no último dia 3, um comitê intersecretarial para monitorar e responder de forma integrada a possíveis novos casos relacionados à ingestão de bebidas contaminadas. A iniciativa, coordenada pelo gabinete do governador Eduardo Leite, reúne as secretarias da Saúde, Segurança Pública e Agricultura, além de órgãos como Samu, Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Polícia Civil, Brigada Militar e Instituto-Geral de Perícias (IGP).

As autoridades reforçam o alerta à população sobre os riscos de consumir bebidas de procedência duvidosa e orientam que qualquer sintoma suspeito seja comunicado imediatamente aos serviços de saúde. As investigações seguem em andamento.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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