Quem Será o Novo Secretário?

por Assessoria de Imprensa


Além de Victor Rocha, Jamal Salem se diz ‘aberto a convite’; Sesau segue sob comando de comitê gestor

Em meio à crise, vereadores disputam preferência da prefeita para chefiar Saúde
Vereador Jamal Salem (à esquerda) e vereador Victor Rocha durante fala em sessão ordinária na Câmara Municipal (Foto: Reprodução/Izaías Medeiros/Câmara Municipal).

Com quase um mês desde que a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) passou a ser comandada por um comitê gestor, o impasse sobre quem assumirá oficialmente a pasta segue indefinido. Em meio à crise no sistema de saúde da Capital, ao menos dois vereadores se mostram abertos a aceitar o convite da prefeita Adriane Lopes (PP), caso sejam chamados: Jamal Mohamed Salem (MDB) e Victor Rocha (PSDB).

A Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande permanece sem comando definitivo há quase um mês, sendo gerida por um comitê gestor. Em meio à crise no setor, os vereadores Jamal Mohamed Salem (MDB) e Victor Rocha (PSDB) manifestaram interesse em assumir a pasta, caso sejam convidados pela prefeita Adriane Lopes (PP). Enquanto Salem defende que a prefeita acumule temporariamente o cargo de secretária, outros parlamentares, como Lívio Viana Leite e Francisco de Carvalho, rejeitaram a possibilidade de assumir a função. O presidente da Câmara, Epaminondas Neto, afirma que não há articulação para que o próximo secretário seja escolhido entre os vereadores.

O vereador Jamal Mohamed Salem já ocupou a Sesau entre 2014 e 2015, na gestão de Gilmar Olarte, além de ter sido assessor da Direção-Geral do Hospital Regional Rosa Pedrossian (2005–2007). Hoje, é vice-presidente da Comissão Permanente de Saúde da Câmara.

Para Jamal, no momento, a prefeita deveria acumular a função de secretária de Saúde, com apoio de técnicos adjuntos. “Na minha opinião, ela deveria acumular o cargo de secretária municipal de Saúde e nomear oficialmente um adjunto, como o de ontem, e outro superintendente. Campo Grande é enorme: temos dez UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e 74 unidades de saúde. Administrar tudo isso é muita coisa”, disse.

Apesar de afirmar que não tem interesse pessoal, Jamal diz que aceitaria a função para “arrumar a casa”. Ele defende que um nome experiente assuma a pasta. “Pelo bem de Campo Grande, eu aceitaria por um período, só para arrumar a casa. Abriria mão da pré-candidatura a deputado federal. O mais importante é ver o sofrimento da população.”

Ele também defendeu terceirizações de exames, como ressonância e tomografia, para reduzir filas. “Dá para zerar filas em no máximo três meses. Basta ter gente competente para isso”, afirmou Jamal.

Outro nome cogitado é o do tucano Victor Rocha, atual presidente da Comissão de Saúde da Câmara. Médico mastologista, ele já foi secretário-adjunto da Sesau entre 2013 e 2016, na gestão de Alcides Bernal. Caso assuma, abrirá vaga para o suplente William Maksoud (PSDB). Rocha já havia dito que aceitaria o desafio, mesmo que isso signifique abrir mão de sua pré-candidatura a deputado estadual. “A gente vai ajudar a nossa cidade”, disse.

Em entrevista concedida ao Campo Grande News na última terça-feira (23), o presidente da Câmara, Epaminondas Neto, o Papy (PSDB), reforçou que não há articulação para que o próximo secretário saia do Legislativo. Segundo ele, “há bons nomes” na Câmara, mas a decisão final é sempre do Executivo.

“Disseram que tinha um lobby meu, uma questão de articulação. Na verdade, não. Eu reforço que os quadros que nós temos na Câmara são excelentes. São eleitos, pessoas a quem a população já deu aval para serem agentes políticos: os nossos três médicos lá e o veterinário Francisco. Acho que, se a prefeita olhar para a Câmara, temos bons nomes. Mas eu não sei se ela tem algum em vista”, disse. “O importante é que Campo Grande precisa urgentemente tratar a saúde como prioridade”, complementou Papy.

Já o líder da prefeita, Beto Avelar (PP), afirma que a escolha passa também pelo diálogo com o governador Eduardo Riedel (PSDB). “Eu acho que há um alinhamento com o Governo do Estado, até mesmo por essa filiação do governador ao PP. Parece que há consenso e que o caminho aponta para esse desfecho. A prefeita Adriane é do diálogo, sabe colocar as opções na mesa e buscar a melhor solução para o coletivo”, disse.

Sem interesse – Por outro lado, outros nomes apresentados por colegas já demonstraram desinteresse. Um deles é o vereador Lívio Viana Leite (União Brasil), que, além de médico oftalmologista, já teve experiência como secretário-adjunto estadual em 2015, na gestão de Reinaldo Azambuja, sendo um dos idealizadores da Caravana da Saúde.

Durante a pandemia de Covid-19, entre junho de 2021 e dezembro de 2022, esteve à frente da Direção-Geral do Hospital Regional Rosa Pedrossian, no período mais crítico da crise sanitária. Entretanto, ele nega ter recebido qualquer convite e diz não ter interesse.

Apesar da experiência, Lívio defende que o comando da Sesau seja ocupado por alguém de fora do Estado. “Eu até sugeri que ela trouxesse uma pessoa técnica de fora, sem ligação política com ninguém, que buscasse começar um planejamento de longo prazo para a saúde. Acho que realmente precisa disso”, defendeu.

Já o vereador Francisco de Carvalho, o Veterinário Francisco (União Brasil), também foi lembrado por colegas como uma alternativa, mas rejeita qualquer possibilidade de assumir a Sesau. “Já dei minha contribuição para a saúde. Hoje vim para ser vereador”, disse.

Profissional da saúde pública, Francisco atuou no controle de zoonoses, como raiva e leishmaniose, além de ter carreira reconhecida no atendimento clínico de cães e gatos. Apesar disso, nunca exerceu cargos de direção na administração municipal.

Na visão dele, o nome não sairá da Câmara. “Acho que isso é uma escolha do Executivo. Creio que, pela forma como vem conduzindo a administração, a prefeita Adriane Lopes sempre coloca pessoas de sua confiança nos cargos de secretário e nas autarquias, não de terceiros. Então, esses nomes ficam em segundo plano. Acho que vai prevalecer o que Adriane Lopes decidir com o grupo dela”, disse Francisco.

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