Por política, Brasil rejeitou cuidar da segurança pública

por Assessoria de Imprensa


A questão da segurança pública já deveria estar sendo cuidada há muito tempo – e não foi por questões políticas. Vários governos, de esquerda ou direita, passaram pelo problema e fingiram que não era com eles. Jogaram para cima dos governos estaduais e não queriam estar próximos de um possível fracasso no combate ao crime organizado. Perdemos, com isso, um tempo enorme. Não fizemos uma legislação adequada, permitimos que eles se fortalecessem dominando territórios, não punimos rigorosamente os envolvidos no tráfico de drogas, deixamos que eles se infiltrassem na política, no judiciário, e em órgãos públicos. Agora, temos que tentar recuperar este atraso, com uma ação muito mais ampla do que simplesmente invadir uma favela, matar 120 pessoas e ir embora – e a coisa continua, porque vêm outros 120. Já vimos esta história. No morro do Alemão, vimos aquela cena histórica dos traficantes fugindo, e o Exército colocando uma bandeira no local. Pois bem, eles voltaram todos, continuam dominado o mesmo território. Temos que fazer uma reformulação completa na legislação criminal. Não pode ter redução de pena para criminoso perigoso envolvido em ações letais; o tratamento com os criminosos tem que ter proporção. Perdemos tempo com uma política de complacência com o crime, atribuindo tudo à injustiça da sociedade brasileira – o que é verdade, e esta desigualdade prejudica a cidadania e faz com que algumas pessoas procurem um caminho supostamente mais fácil para subir na vida. Mas não é assim que se resolve. Se resolve com legislação rigorosa, ação de inteligência, informação sobre quem financia este crime. Temos feito alguns avanços, mas as ações precisam ser coordenadas. Os governadores fazem politicagem quando rejeitam a coordenação do governo federal. Alguém tem que coordenar. Estamos, afinal, descobrindo que deixamos o problema se tornar muito maior no país todo e vamos ter que atuar mais rigorosa e mais organizadamente.



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