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Polêmico debate dos presidenciáveis e os reflexos nas eleições de Mato Grosso do Sul

Embate pode influenciar a opinião de eleitores que ainda estão indecisos ou não sabem em quem votar

by Roberta Cáceres

O último debate presidencial da TV Globo, realizado na noite desta quinta-feira (29), antes de um eventual segundo turno foi polêmico do começo ao fim, com questionamentos e ataques pessoais entre os candidatos foi polêmico, podendo mudar o rumo das eleições em Mato Grosso do Sul.

Participaram do debate Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PL), Lula (PT), Felipe d’Avila (Novo), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil) e Padre Kelmon (PTB). O embate pode influenciar a opinião de muitos eleitores que ainda estão indecisos ou não sabem em quem votar.

O Padre Kelmon, que tem menor representatividade eleitoral conforme as pesquisas, foi um dos que se destacou ao atacar Lula, evidenciar Bolsonaro e desrespeitar as regras do debate, que são previamente combinadas pelos candidatos.

A candidata sul-mato-grossense Simone Tebet foi umas das que mais manteve a linha e defendeu suas propostas, sem ofender pessoalmente os adversários. Ela tem buscado superar a votação de Ciro Gomes, em que conforme últimas pesquisas ele aparece com 6% e Simone com 5%. Já Soraya não chegou a 1%.

Mantendo a postura de atacar Bolsonaro, com objetivo de conquistar os eleitores do presidente, a candidata apelou para frases caricaturescas, que fazem “sucesso” nas redes sociais, se tornando meme na internet.

Ela chegou a questionar ao Padre se havia dado a extrema-unção para as pessoas mortas pelo COVID, além de questionar se ele não teria medo de ir para “o inferno” por ser “cabo eleitoral” do presidente Jair Bolsonaro.

Padre de Festa Junina – Para finalizar o confronto, ela chamou o candidato de Padre de Festa Junina ao se referir que ele tem seu título de padre contestado pela Igreja Católica, inclusive foi negado que Kelmon seja sacerdote da Igreja Ortodoxa no Brasil e nunca foi seminarista ou membro do clero.

Em sua defesa, Kelmon divulgou anteriormente uma carta da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru, reconhecendo como membro.

Capitão Contar – Com objetivo de atingir Soraya, Bolsonaro chamou a atenção dos eleitores sul-mato-grossense para votar no Capitão Contar, candidato ao Governo do Estado. “Eu faço um apelo a todo eleitor de Mato Grosso do Sul. Não tinha tomado partido até agora. Faço um apelo, votem no Capitão Contar para governador de Mato Grosso do Sul”, disse durante o debate.

Com a fala do presidente, muitos eleitores que pretenderiam votar em Eduardo Riedel, candidato à sucessão de Reinaldo Azambuja, podem mudar de opinião e passar a apoiar Contar, com eventual chance de disputar o segundo turno.

A situação também prejudicou a candidata Rose Modesto, colega de partido de Soraya em Mato Grosso do Sul, pois no Estado Bolsonaro tem se destacado nas pesquisas com maior intenção de voto.

Lula – Em resposta a Bolsonaro, o ex-presidente Lula fez questão de mencionar sua atuação no Governo Federal sobre transparência e combate à corrupção.  “Criamos o Portal da Transparência, para que acompanhassem as contas do governo em tempo real. Depois criamos a CGU, a lei do acesso à informação. Graças ao que fizemos no combate a corrupção, os casos foram descobertos e as pessoas foram punidas. Em um processo de combate à corrupção você poderia prender os presos e liberar as empresas para funcionar. No Brasil se fechou 4 milhões de postos de trabalho. O Estado deixou de receber R$ 270 bilhões”.

Simone Tebet – Simone foi compreendida por muitos telespectadores como uma dupla de Lula, pois as vezes que teve oportunidade confrontou Bolsonaro e atacou bandeiras defendidas por ex-presidente Lula, como o desmatamento da Amazônia e as queimadas que estão destruindo o meio ambiente.

“Vou ser intolerante e intransigente com os invasores de área pública como os grileiros e garimpeiros”, afirmou. “Hoje o mundo tem vergonha de nós”, lamentou, sobre a atuação de Bolsonaro na preservação ambiental.

Ela chamou Bolsonaro de covarde por tentar usá-la para atingir Lula sobre o assassinato do prefeito de Campinas, Celso Daniel (PT). E aproveitou a ocasião para acusar o presidente de ignorar a fome nas ruas e os decretos que impuseram sigilos de 100 anos em temas polêmicos para o presidente da República

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