PF e CGU apuram desvios de recursos contra enchentes em Lajeado

por Assessoria de Imprensa


A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (11/11), em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), a operação Lamaçal, para investigar supostos crimes de desvio de verbas públicas, fraude em licitações e lavagem de dinheiro com recursos federais. As irregularidades envolvem contratos da Prefeitura de Lajeado (RS) firmados após as enchentes de maio de 2024 e somam cerca de R$ 120 milhões.

Ao Correio a Prefeitura de Lajeado confirmou que foram realizadas diligências da Polícia Federal nas dependências do setor de Licitações, no âmbito de uma investigacões sobre contratos “de anos anteriores à atual gestão”, relativos à prestação de serviços terceirizados.

“A administração municipal colabora integralmente com as autoridades, fornecendo todas as informações solicitadas e adotará as medidas cabíveis diante de eventuais irregularidades”, afirmou a Prefeitura, ao reafirmar que segue compromissada com a transparência, a legalidade e a lisura dos processos públicos.

Durante a ação, foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, além do sequestro de 10 veículos e do bloqueio de R$ 4,5 milhões em ativos financeiros. As diligências ocorreram em nove cidades gaúchas, incluindo Lajeado, Muçum, Encantado, Garibaldi, Guaporé, Carlos Barbosa, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Porto Alegre.

As investigações apontam indícios de que a administração municipal contratou empresas para prestação de serviços terceirizados, como psicólogos, assistentes sociais, educadores, auxiliares administrativos e motoristas, sem observar critérios técnicos e sem comprovar a escolha da proposta mais vantajosa. Há suspeita de superfaturamento e de direcionamento das contratações, que foram justificadas pela situação de calamidade pública.

Os investigados poderão responder pelos crimes de peculato, fraude em licitações e lavagem de capitais, conforme o andamento das investigações conduzidas pela Polícia Federal e pela CGU. 

 


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