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Parada da Cidadania LGBT+ e Show da Diversidade Sexual acontecem no dia 22 de julho

Colaboradora do evento diz que ato é dia de luta por direitos

por Vinicius Bracht

No dia 22 de julho de 2023, a Praça do Rádio em Campo Grande será tomada, mais uma vez, por bandeiras coloridas e muitas pessoas animadas em prol da Parada da Cidadania LGBT+ e Show da Diversidade Sexual deste ano. O tema de 2023 é: ‘Discurso de Ódio não é Liberdade de Expressão. Eu exijo Respeito’. Vale ressaltar que a Parada não é uma festa ou um carnaval fora de época. É um dia de luta de comemoração pelo 28 de junho de 1969.

A organização do evento é da ATTMS – Associação de Travestis e Transexuais de Mato Grosso do Sul, a qual tem a presidência de Mikaella Lima Lopes. Cris Steffany, coordenadora municipal LGBTQIA+, é quem trouxe detalhes de como será essa edição.

“O local será o mesmo dos anos anteriores, sendo a concentração na Praça do Rádio. Em seguida, será feita uma caminhada pelas ruas Padre João Crippa, Dom Aquino, Calógeras e Barão do Rio Branco. O evento começará às 14h e seguirá até as 23h”.

Cris não quis estimar a quantidade de público para esse ano, mas observou que ano passado, o evento atraiu 25 mil pessoas. Ela estende o convite a todos que apoiam a causa. O evento é da ATTMS e tem apoio estrutural da Prefeitura Municipal e do Governo do Estado.

28 de junho de 1969

Stonewall, 28 de junho de 1969: quando os gays encurralaram a polícia

“Foi a primeira vez que nossa comunidade encurralou a polícia, que até então sempre havia nos encurralado”: desta maneira Mark Segal, veterano dos protestos do Stonewall Inn, descreve a primeira das seis noites de distúrbios que, há 50 anos, desencadearam a revolução gay.

Na madrugada de sábado 28 de junho de 1969, um grupo de jovens homossexuais como Segal, lésbicas, “drag queens” e transexuais decidiu não tolerar mais o abuso policial e encurralou um grupo de agentes durante uma operação no Stonewall Inn, um bar gay do Greenwich Village em Nova York, pela segunda vez na semana.

Segal, que tinha 18 anos e havia chegado a Nova York procedente da Filadélfia pouco mais de um mês antes, conta que naquela noite sentiu uma “paixão esmagadora”, “uma alegria pura”, mas que não tinha consciência da dimensão histórica do evento, que mudaria a vida de milhões de pessoas.

No fim dos anos 60, a homossexualidade era considerada uma doença, o sexo homossexual era ilegal nos Estados Unidos, com exceção de Illinois, os gays viviam de modo secreto e podiam perder o emprego ou suas casas se fossem descobertos.

Nenhuma lei protegia a comunidade. Muitas vezes eram atacados nas ruas ou detidos pela polícia por conduta indecente.

 

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