A leitura entre correligionários do PL é que, com a ação policial, Castro capitalizou a pauta da segurança pública, em especial entre os eleitores da direita, e conseguiu ir além do público do Rio de Janeiro. Com o discurso de que a operação foi um “sucesso” — mesmo sendo a mais letal da história fluminense, com mais de 120 mortes — e de que apenas os policiais foram vítimas, o governador fez acenos diretos à base bolsonarista.
O governador vinha liderando as pesquisas para as duas vagas do Rio de Janeiro no Senado, ao lado de Flávio Bolsonaro. Castro, no entanto, ainda tem outra batalha a ser vencida na esfera jurídica. Na terça-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai analisar duas ações que podem cassá-lo e torná-lo inelegível. Como informou a coluna, o ministro Kassio Nunes Marques deu sinais de que pode paralisar o julgamento ao apresentar um pedido de vista. Com isso, a análise dos processos pode ficar suspensa até fevereiro de 2026.

