o que se sabe sobre tragédia em SP

por Assessoria de Imprensa


Uma explosão de grandes proporções seguida de incêndio destruiu, na noite de quinta-feira (13/11), uma casa usada irregularmente como depósito de fogos de artifício no Tatuapé, zona leste de São Paulo. A tragédia deixou um homem morto, ainda não oficialmente identificado, e ao menos dez feridos, além de causar danos em 21 imóveis e atingir diversos veículos na região.

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A residência, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), funcionava clandestinamente para armazenamento de artefatos explosivos e ficava na Rua Francisco Bueno, nº 79. A força da explosão derrubou estruturas metálicas, estilhaçou vidros de prédios vizinhos e lançou fogos em direção à Avenida Salim Farah Maluf, onde câmeras de segurança registraram clarões e rajadas cruzando a via.

A ocorrência foi registrada por volta das 19h50, quando moradores relataram fortes estrondos, tremores e uma coluna de fumaça intensa subindo entre os prédios da região. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a sequência de explosões e o incêndio que consumiu completamente o imóvel.

Ao chegar ao local, a Polícia Militar encontrou a área tomada pelo fogo e acionou o Corpo de Bombeiros. Enquanto faziam o controle do fogo, o Esquadrão Antibombas do GATE localizou entre os escombros um corpo carbonizado. A suspeita é de que a vítima seja Adir de Oliveira Mariano, 46 anos, morador da casa e investigado por manter fogos de forma irregular no local. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) ainda não confirmou a identidade, mas, segundo a polícia e a defesa da família, Adir morava no imóvel. A mulher dele escapou porque estava no shopping no momento da explosão.

Segundo o Corpo de Bombeiros, dez pessoas ficaram feridas, algumas delas atingidas enquanto passavam de carro pela rua. Entre os feridos estão uma mulher com traumatismo cranioencefálico e um homem com escoriações encaminhados ao Hospital Nipo-Brasileiro, um homem com sangramento no ouvido levado ao PS Tatuapé, e outro com ferimento na mão, atendido por convênio. Outras seis vítimas, com ferimentos leves, foram avaliadas e liberadas no local. Nenhuma delas corre risco de morte.

A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil identificou muitos danos materiais, tanto em residências quanto em estabelecimentos comerciais e veículos. Até o momento, 21 imóveis foram interditados, e moradores precisaram ser abrigados por familiares.

As investigações apontam que Adir Mariano já tinha histórico de envolvimento com práticas ilegais relacionadas a fogos de artifício e balões. Em 2011, ele foi investigado em São José dos Campos por soltar balões com fogos, e, em 2015, chegou a ser acusado juntamente com outras pessoas por associação criminosa e crime ambiental, mas acabou absolvido por falta de provas. 

Em suas redes sociais, publicava textos exaltando a prática de soltar balões, considerada crime por oferecer risco de incêndio em áreas urbanas e de mata. A principal hipótese é de que os fogos armazenados no interior da casa tenham provocado a explosão.

Em nota ao Correio, a SSP-SP destacou que o armazenamento ilegal de materiais explosivos representa grave ameaça à vida e à integridade da população e afirmou que todas as medidas cabíveis estão sendo adotadas para esclarecer os fatos.

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias e os responsáveis pelo desastre. O caso foi registrado no 30° Distrito Policial (Tatuapé) como explosão, crime ambiental e lesão corporal. 

 


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