O PT e a possibilidade de rompimento da aliança com Eduardo Paes na eleição de 2026

por Assessoria de Imprensa


A entrevista publicada ontem no GLOBO, em que o vice-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Cavaliere, piscou para a direita foi respondia diplomaticamente por Edinho Silva.

Cavaliere disse, em resumo, que acha um “lero-lero” o discurso petista sobre segurança pública e indicou que o governo Lula estaria contando com um “alinhamento automático” inexistente para a eleição de 2026. E o presidente do PT escreveu numa nota oficial:

“(…) Nossos aliados podem pensar de forma diferente, não há problemas, faz parte da democracia, mas o que queremos é derrotar o crime de verdade e não apenas alimentar as medidas midiáticas que não são eficazes; tenho dialogado cotidianamente com o prefeito Eduardo Paes, nossa aliança política nunca esteve tão sólida, e ele é parceiro de primeira hora do presidente Lula, e o Presidente dele. A hipótese de candidatura própria do PT no Rio de Janeiro não existe. Não vamos fragmentar o campo democrático, quem investe nisso não tem responsabilidade com o momento histórico que o Brasil vive”.

O tom da nota é conciliador. Mas nas conversas internas do PT, a pegada é outra.

Não foi só José Dirceu que considerou desrespeitosa a entrevista. Dirigentes do partido também. Privadamente, os comentários vão de “o Paes está flertando com a direita” a “qualquer candidato que o PT lance ao governo do Rio terá 30%”.

Em resumo, tem uma ameaça, ainda incipiente, de rompimento da aliança entre Paes e o PT — rompimento, ressalte-se provocado por Paes. A bola agora está com o prefeito. Se ele continuar piscando à direita e batendo no PT, pode surgir uma rearrumação do quadro atual.



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