A campanha Criança Não é Mãe, articulada por 27 entidades de defesa dos direitos das mulheres, reagiu com indignação à aprovação, ontem, do PDL 3/2025 pela Câmara, que suspende a resolução do Conanda com diretrizes para o atendimento de meninas vítimas de estupro, inclusive em casos de aborto legal.
O constrangimento ficou maior pelo contraste exposto no plenário: no mesmo dia em que parlamentares discursavam inflamadamente em defesa da dignidade de animais silvestres, votaram para desarticular a rede de proteção de crianças violentadas.
Segundo as entidades, o resultado escancarou uma escolha política — ignorar que 87% das vítimas de violência sexual são meninas de até 13 anos, muitas engravidadas por pais ou parentes.
Agora, as entidades pressionam com um abaixo-assinado para que o Senado barre o avanço do projeto. Até o momento, são mais de 7 mil assinaturas contra o PDL.

