A Nigéria apresentou uma petição à Fifa (Federação Internacional de Futebol) alegando que a República Democrática do Congo escalou jogadores inelegíveis nas Eliminatórias africanas para a Copa do Mundo do próximo ano, disse um porta-voz da NFF (Federação Nigeriana de Futebol).
A República Democrática do Congo venceu a Nigéria nos pênaltis no mês passado, mantendo vivas suas esperanças de participar do torneio na América do Norte, e deve disputar uma repescagem intercontinental em março, onde seis equipes disputarão duas vagas na fase final com 48 seleções.
A NFF afirmou que vários jogadores com dupla nacionalidade foram liberados para jogar pelo Congo sem atender aos critérios exigidos.
“As regras congolesas dizem que você não pode ter dupla nacionalidade”, disse o secretário-geral da NFF, Mohammed Sanusi. “Há muitos deles que têm passaportes europeus, alguns têm passaportes franceses, alguns têm passaportes holandeses.”
“Os regulamentos da Fifa dizem que uma vez que você tenha o passaporte do seu país, você é elegível. No que nos diz respeito, eles são elegíveis, por isso foram liberados pela Fifa. Mas nossa contestação é que a Fifa foi enganada ao liberá-los porque não é responsabilidade da Fifa garantir que os regulamentos do Congo sejam cumpridos”, disse o dirigente.
“A Fifa segue seus próprios regulamentos, e foi com base no que foi apresentado à ela que eles os liberaram. Mas estamos dizendo que foi fraudulento.”
A federação da República Democrática do Congo rejeitou as alegações.
“Se você não pode vencer em campo, então não tente vencer pela porta dos fundos”, disse a Fecoca (Federação Congolesa de Futebol) em publicação nas redes sociais.
“A Copa do Mundo tem que ser disputada com dignidade e confiança. Não com truques de advogados. Que venha o torneio.”
A Fifa não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
A Copa do Mundo será nos Estados Unidos, Canadá e México de 11 de junho a 19 de julho.
