MS Dance Fest 2025 cria Prêmio Sarah Figueiró e celebra legado na dança

por Assessoria de Imprensa


Homenagem reconhece a pioneira que ajudou a construir a identidade cultural do Estado

Prêmio revive história de Sarah Figueiró na dança de MS
Sarah Figueiró partiu em junho de 2019, aos 85 anos. (Foto: Arquivo Pessoal)

No palco, a dança segue um fluxo que nunca se interrompe, mesmo quando seus mestres já não estão mais aqui. Em 2025, o MS Dance Fest decidiu celebrar justamente essa permanência ao criar o Prêmio Sarah Figueiró, uma homenagem a uma das mulheres que ajudaram a construir o cenário da dança em Mato Grosso do Sul.

O MS Dance Fest 2025 cria o Prêmio Sarah Figueiró em homenagem a uma das pioneiras da dança em Mato Grosso do Sul. Sarah, que faleceu em 2019 aos 85 anos, foi uma importante articuladora cultural, presidindo a Associação de Dança Sul-Mato-Grossense e organizando os primeiros festivais de dança do estado na década de 1980. A premiação, que contemplará artistas do clássico ao contemporâneo, coincide com o trabalho de digitalização do acervo de Sarah, realizado por sua neta Maria Fernanda Figueiró. O material inclui 23 fitas VHS e documentos históricos doados ao MIS, registrando a evolução da dança sul-mato-grossense.

Sarah partiu em junho de 2019, aos 85 anos, mas deixou um legado que ainda inspira artistas e se mantém presente. E é esse legado que retorna ao palco agora, em forma de tributo.

A ideia da homenagem nasceu nos encontros de bastidores. A bailarina e neta de Sarah, Maria Fernanda Figueiró, conta que o nome da avó nunca deixou de aparecer nas reuniões, especialmente no Colegiado de Dança.

“Vira e mexe, alguém lembrava dela ou de algo que ela fez”, conta. Em uma dessas conversas, o produtor e professor Edson Clair, figura importante da dança urbana no Estado, resolveu criar um prêmio com o nome de Sarah.

Prêmio revive história de Sarah Figueiró na dança de MS
Maria Fernanda e Sarah Figueiró, duas gerações de bailarinas de MS. (Foto: Arquivo Pessoal)

“Quando ele me mandou mensagem dizendo que ia fazer o prêmio, eu fiquei emocionada. É uma honra ver a história dela viva assim”, comenta Maria.

O Prêmio Sarah Figueiró contemplará artistas do clássico ao contemporâneo, ampliando o alcance do festival para alcançar a pluralidade da dança sul-mato-grossense.

Para Maria, esse reconhecimento chega num momento em que ela mesma revive a trajetória da avó por meio dos arquivos que Sarah dedicou a preservar. A neta hoje trabalha na digitalização das 23 fitas VHS e de dezenas de documentos do acervo doado por Sarah ao MIS (Museu da Imagem e do Som), com registros dos 13 primeiros festivais de dança do Mato Grosso, organizados por ela na década de 1980.

Prêmio revive história de Sarah Figueiró na dança de MS
Sarah e Maria Fernanda ao lado da bailarina Ana Botafogo. (Foto: Arquivo Pessoal)

“É emocionante descobrir coisas novas. É como se eu ainda conversasse com ela. Esse material conta quem somos como Estado e como identidade na dança”, explica.

Sarah sempre se definiu como “militante da dança”. Não bailarina, embora tenha movido gerações inteiras de artistas, mas articuladora, produtora, agitadora cultural. Ela presidiu a Associação de Dança Sul-Mato-Grossense, liderou projetos, abriu caminhos ainda quando o Estado sequer tinha estrutura para sustentar a dança como linguagem profissional.

Mas ela foi além. Atuou na saúde, criou a Rede Feminina de Combate ao Câncer e se envolveu com artes plásticas. Foi uma mulher multifacetada.

E, no íntimo, era avó. “Ela era muito engraçada, divertida, contadora de histórias. A gente sabia que, quando encontrasse a vó, os minutos iam virar horas”, relembra Maria. Segundo ela, as tardes de café e música são as que mais permanecem. Dias ouvindo Orlando Silva, Nelson Gonçalves, Nana Caymmi.

Prêmio revive história de Sarah Figueiró na dança de MS
Sarah Figueiró deixou legado de dedicação à dança. (Foto: Arquivo Pessoal)

“Ela colocava Nana Caymmi e dizia pra eu dançar. Eu ficava toda dramática dançando para ela”, compartilha a neta.

E é essa memória que Maria levará ao palco na apresentação desta sexta-feira. “A minha dança sempre tem ela ali, de algum jeito”, destaca.

Para Maria Fernanda, a homenagem no festival é mais uma etapa no ciclo da história da avó. “Acho que ela ficaria muito feliz. A dança sempre foi a forma como ela compreendia o mundo, mesmo sem dançar. Era ferramenta de transformação”, finaliza a neta.

Prêmio revive história de Sarah Figueiró na dança de MS
MS Dance Fest 2025 segue até domingo. (Foto: Divulgação)

MS DANCE FEST 2025 – 12ª edição

• Rádio Clube Cidade – Rua Barão do Rio Branco, 1924, Centro de Campo Grande

• Praça do Rádio Clube – Avenida Afonso Pena, Centro

Entrada gratuita/Classificação Livre

Programação completa 

Dia 21 (sexta-feira)

Rádio Clube Cidade

  • 08h30 – 09h45 | Workshop – Natasha Sousa
  • 10h – 10h30 | Showcase
  • 10h30 – 11h45 | Workshop – Max Moura
  • 12h – 14h | Almoço
  • 14h30 – 15h45 | Workshop – Vitor Lock
  • 16h – 16h30 | Palco livre / Showcase
  • 16h45 – 18h | Aula colab – Fernando Gomes, Jaqueline Basílio e Sassá
  • 17h – 19h30 | MS Dance Academy – Gladstone Navarro

Praça do Rádio Clube
19h – 21h30 | Prêmio Sarah Figueiró

 

Dia 22 (sábado)

Rádio Clube Cidade

  • 09h – 10h30 | MS Dance Academy – Vitor Hamamoto
  • 10h30 – 12h | MS Dance Academy – Henrique Lima
  • 12h – 14h | Almoço / Intervenção Zumb.boys (Rua 14 de Julho com a Barão do Rio Branco)
  • 14h30 – 15h45 | Workshop – Vini Gomes
  • 16h – 16h30 | Showcase
  • 16h – 18h | MS Dance Academy – André Rockmaster
  • 16h45 – 18h | Workshop – Natasha Sousa
  • 22h30 | Festa do MSDF

Praça do Rádio Clube
19h – 21h30 | Competição de Danças Urbanas


Dia 23 (domingo)

Rádio Clube Cidade
14h – 17h | Batalhas

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