Ao menos dois magistrados que integram a Primeira Turma avaliam que o isolamento de Fux após seu posicionamento no julgamento da trama golpista pela absolvição de Jair Bolsonaro e outros réus pode ter pesado na decisão. Eles não descartam, porém, que outras questões tenham sido levadas em conta na decisão do ministro.
Segundo fontes do STF, antes de concretizar a mudança, o presidente da corte deve consultar os integrantes da Primeira Turma para ver se há alguém mais antigo que queira mudar de colegiado, já que é essa pessoa que tem a preferência, como previsto no regimento interno do STF. A Primeira Turma é formada por Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, além de Fux. Entre todos, Cármen é a mais antiga e tem a preferência, seguida de Fux.
Integrantes do STF não acreditam que ela queira fazer a mudança já que, em 2021, fez o movimento inverso ao pedir para migrar da Segunda para a Primeira Tuma.
A Segunda Turma é formada por Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Kassio Nunes Marques e André Mendonça. Com a aposentadoria de Luís Roberto Barroso, abriu uma vaga na Segunda Turma.