Ministro sugere que municípios estejam no centro da COP

por Assessoria de Imprensa


Belém — Ao fazer um balanço sobre as reuniões com representantes de cidades de vários países, no segundo dia da 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (ONU), na capital paraense, ministro das Cidades, Jader Filho, voltou a afirmar que o combate ao aquecimento global precisa começar nos municípios, porque eles são responsáveis pelas emissões de gases do efeito estufa.

“O tema urbano precisa estar no centro das soluções”, afirmou Jader Filho, nesta terça-feira (11/12), em entrevista a jornalistas, ao lado da CEO da COP30, Ana Toni.

“Oitenta por cento das das emissões do planeta partem das cidades e, no futuro, 70% da população do mundo vai viver nas cidades. É disso que tratamos nos painéis”, destacou.

Na avaliação do ministro, os temas das cidades estão relacionados com a sustentabilidade, como tratar o esgoto e como lidar com os resíduos sólidos, e, por conta disso, os líderes locais, as comunidades, os prefeitos e governadores precisam ter voz na COP.

O ministro destacou, ainda, que o financiamento para os entes nacionais foi um dos principais pontos levantados nas discussões, porque é preciso recurso para reduzir as emissões da frota das cidades e combater os deslizamentos das encostas, por exemplo. Segundo Jader Filho, é preciso colocar o tema urbano no centro das discussões. “Precisamos renovar nossas frotas, colocar um ônibus que tenha uma energia limpa — elétrica ou a gás. Tratar o esgoto para não serem jogados no rio. Mas, para isso, precisamos de financiamento”, afirmou.

Além disso, Jader Filho reforçou que o protagonismo dos entes subnacionais é fundamental para definir investimentos e metas. “Assim, eles podem apontar quais são os problemas que precisam ser solucionados”, disse.

Ana Toni destacou que o dia de hoje foi importante para os governantes de cidades e o tema da agenda mostrou um grande mutirão para a governança internacional. Ela destacou que, nas negociações sobre os temas da COP, dois tópicos andaram um pouco mais do que os outros: igualdade de gênero e transição justa.

“O G77 acordou uma decisão conjunta no mecanismo para a transição justa”, disse ela, em referência ao grupo da ONU de nações em desenvolvimento. “E vemos coisas mais fortes com os negociadores falando temas muito específicos”, emendou.

Também participou da entrevista Katrin Stjernfelt Jammeh, prefeita de Malmö, na Suécia, e, após o início da entrevista, o governador do estado norte-americano da Califórnia, Gavin Newsom. Ele comentou sobre medidas sustentáveis, em respeito ao Acordo de Paris, que vem adotando e lamentou o fato de o governo dos Estados Unidos não ter um representante na COP30, enquanto outros países que competem com os EUA, como a China, tenha delegações expressivas.

“Como americano, a respeito do que o nosso país está fazendo em relação à manufatura, temos de acordar. Nosso legado está ficando para trás”, lamentou. Assim como Jader Filho, ele também reforçou a necessidade de encontrar meios de financiar o combate às mudanças climáticas.

*A jornalista viajou a convite da CNSeg


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