O Ministério da Saúde informou, nesta quinta-feira (2/10), que subiu para 43 o número de casos suspeitos de intoxicação por metanol no Brasil. A maioria das notificações foi registrada em São Paulo, com 39 ocorrências, sendo dez confirmadas e 29 ainda em investigação. Em Pernambuco, há quatro casos sob análise.
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Até o momento, um óbito foi confirmado em São Paulo, enquanto outros sete seguem em investigação (cinco em SP e dois em PE). Além disso, quatro suspeitas foram descartadas. Segundo a pasta, o aumento acendeu o alerta, já que, em anos anteriores, a média anual de notificações por intoxicação de metanol no país girava em torno de 20 casos.
Diante do cenário, o ministério instalou uma Sala de Situação Nacional para acompanhar a evolução dos registros, coordenar ações e orientar a rede de saúde sobre a identificação precoce e o tratamento dos pacientes.
Alerta para os sintomas
De acordo com o Ministério da Saúde, a situação foi classificada como um Evento de Saúde Pública (ESP), o que exige ampliar a sensibilidade do sistema de vigilância em todo o território nacional. O objetivo é agilizar a detecção e resposta a possíveis novos episódios.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou na última quarta-feira (1º/10), em coletiva de imprensa, que a tendência é que mais notificações ocorram nos próximos dias, à medida que profissionais de saúde intensificam a vigilância.
“Está aumentando a sensibilidade para isso, chamando mais a atenção dos profissionais de saúde, aumentando a suspeita desses profissionais e, com a notificação imediata, subindo mais rápido essa informação também”, destacou Padilha.
Um caso é considerado suspeito quando a pessoa que consumiu bebida alcoólica apresenta sintomas persistentes ou agravados, como embriaguez prolongada, dores abdominais, náusea, visão turva ou alterações visuais entre 12 e 24 horas após a ingestão.
Intoxicação
O metanol é uma substância tóxica e altamente perigosa, cuja ingestão pode causar desde sintomas leves até graves complicações, incluindo cegueira e morte. O cenário atual reforça a preocupação com a possível adulteração de bebidas alcoólicas comercializadas de forma irregular.
As autoridades de saúde orientam a população a redobrar os cuidados na hora da compra, dando preferência a estabelecimentos de confiança e verificando a procedência e o lacre das embalagens.