No terceiro trimestre de 2025, a exportação de frutas frescas cresceu 30,2% em valor e 16,3% em volume em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), com base em dados do Comex Stat. Mesmo atingido pelo tarifaço, o setor conseguiu redirecionar parte da produção para outros mercados e negociar com importadores americanos para manter o comércio entre os países.
Em relação às exportações para os Estados Unidos, os resultados foram mistos, com quedas expressivas em alguns produtos e avanços relevantes em outros.
As mangas mantiveram o protagonismo, mas registraram uma inversão de tendência: o valor exportado caiu 19,84%, de US$ 15,3 milhões em 2024 para US$ 12,3 milhões em 2025, enquanto o volume embarcado aumentou 48,29%, passando de 11,3 milhões para 16,8 milhões de quilos.
As uvas enfrentaram o pior desempenho entre as frutas analisadas. As vendas para os EUA despencaram 76,9% em valor, de US$ 3,9 milhões para apenas US$ 902 mil, e 67,98% em volume, de 934 mil para 299 mil quilos.
Os mamões (papaia) apresentaram movimento oposto ao das mangas: o valor exportado recuou 4,47%, de US$ 621,6 mil para US$ 593,9 mil, mas o volume cresceu 32,48%, de 439 mil para 581 mil quilos.
O melhor desempenho do trimestre veio das conservas e preparações de frutas (exceto sucos), que aumentaram 24,96% em valor, alcançando US$ 13 milhões, e 11,87% em volume, chegando a 4,9 milhões de quilo.