Megaoperação no RJ repercute na imprensa internacional

por Assessoria de Imprensa


O Brasil ganhou manchete em jornais e agências internacionais nesta terça-feira (28/10) após a megaoperação policial que deixou mais de 60 mortos e mais de 80 presos em redutos do Comando Vermelho (CV), na Zona Norte do Rio de Janeiro. A ação, batizada de Operação Contenção, foi classificada pelo governo estadual como a maior e mais letal da história do estado. 

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A imprensa internacional descreveu o Rio de Janeiro como palco de “cenas de guerra” e questionaram a escalada da violência às vésperas de eventos internacionais no país, como a COP30.

O jornal britânico The Guardian afirmou que o Rio vive “o pior dia de violência da história” e destacou que a ação ocorreu “antes do amanhecer, em meio a intensos tiroteios nos complexos do Alemão e da Penha, onde vivem cerca de 300 mil pessoas”. O veículo ressaltou que ativistas de direitos humanos expressaram indignação com o “derramamento de sangue”.

O El País, da Espanha, descreveu o Rio como “um cenário de caos colossal”, com tiroteios intensos e o uso de drones por criminosos. O jornal afirmou ainda que o governador do estado “criticou a falta de apoio do governo federal” e pediu ajuda das Forças Armadas.

A rádio francesa RFI destacou que “operações policiais pesadas são comuns no Rio”, mas ressaltou que o número de mortos registrado nesta terça-feira é “extraordinário, mesmo para uma cidade acostumada à violência”. A emissora citou dados que apontam que, em 2024, quase 700 pessoas morreram em operações policiais no estado.



  • Megaoperação repercute na imprensa internacional

    Megaoperação repercute na imprensa internacional
    Reprodução/DW



  • Megaoperação repercute na imprensa internacional

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    Reprodução/El País



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    Reprodução/El País



  • Megaoperação repercute na imprensa internacional

    Megaoperação repercute na imprensa internacional
    Reprodução/The Guardian



  • Megaoperação repercute na imprensa internacional

    Megaoperação repercute na imprensa internacional
    Reprodução/Clarín


A Deustsche Welle (DW), da Alemanha, ressaltou a proximidade da operação com os eventos ligados à COP30, como a Cúpula C40, que reunirá prefeitos das principais cidades do mundo. Além de destacar que grandes ações policiais são comuns no Rio antes de encontros internacionais.

“O Rio já testemunhou operações policiais em larga escala e, às vezes, pesadas, visando áreas mais pobres e assoladas pelo crime antes de eventos internacionais, com batidas semelhantes antes dos jogos da Copa do Mundo de 2014, das Olimpíadas de 2016, da cúpula do G20 do ano passado e da cúpula do BRICS no início deste ano”, pontuou o periódico. 

O periódico argentino Clarín destacou as “cenas de guerra no Rio de Janeiro”. “Um vídeo mostra quase 200 tiros disparados em um minuto, em meio a nuvens de fumaça. Apesar do enfraquecimento, o Comando Vermelho continua controlando partes do Rio de Janeiro. É comum ver as ruas de muitas favelas cariocas marcadas com a sigla CV”, escreveu o jornal.

Megaoperação

A operação, que mobilizou 2,5 mil policiais, 32 veículos blindados, helicópteros e drones, teve como alvos os complexos do Alemão e da Penha, áreas consideradas bases estratégicas da facção. De acordo com a Secretaria de Segurança, o objetivo é combater a expansão territorial do CV e capturar lideranças que atuam também em outros estados.

Segundo dados oficiais, 64 pessoas morreram, entre elas quatro policiais, e 81 suspeitos foram presos. As forças de segurança apreenderem dez fuzis, uma pistola, três celulares e nove motos. A ação foi acompanhada por confrontos intensos, barricadas e relatos de drones lançando explosivos contra agentes públicos. 

O governador Cláudio Castro (PL) afirmou que o estado está em “guerra contra o narcoterrorismo”. “Isso não é mais um crime comum, é narcoterrorismo. O Rio está sozinho nesta guerra e precisamos de apoio nacional”, declarou.

Durante a operação, moradores ficaram sob fogo cruzado. Três pessoas foram atingidas por balas perdidas e socorridas ao Hospital Getúlio Vargas. 

A Polícia Civil afirma que a operação tenta cumprir 100 mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho. Entre os alvos, 30 estão em outros estados, principalmente no Pará. Um dos presos foi identificado como o operador financeiro de Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso, apontado como um dos chefes da facção.

 


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