Mato Grosso do Sul investiga casos de gripe K: saiba mais

por Assessoria de Imprensa


Três casos de gripe K são confirmados em MS; Estado é recordista no País
Unidade de saúde no Bairro Tiradentes (Foto: Juliano Almeida/Arquivo)

Mato Grosso do Sul tem três casos confirmados da chamada gripe K, uma variação da Influenza A (H3N2), o que coloca o Estado como recordista no Brasil. O número foi divulgado no fim da tarde desta quinta-feira (18) pelo Ministério da Saúde ao anunciar que intensificou as ações de vigilância do vírus e ainda investiga a origem da contaminação.

Mato Grosso do Sul registra três casos confirmados da gripe K, variação da Influenza A (H3N2), tornando-se o estado com maior número de ocorrências no Brasil. O Ministério da Saúde intensificou as ações de vigilância do vírus, que ainda tem origem de contaminação desconhecida no estado. A gripe K apresenta sintomas similares aos de outras gripes, porém podem ser mais intensos e duradouros. O Ministério da Saúde ressalta que as vacinas disponíveis no SUS são eficazes contra esta variante, recomendando também medidas preventivas como uso de máscaras e higienização das mãos.

No Brasil, foram confirmados quatro casos, sendo três aqui e um no Pará, este último associado a viagem internacional em novembro.

“A amostra do caso do Pará foi analisada pela Fiocruz/RJ, laboratório de referência nacional, enquanto as amostras do Mato Grosso do Sul foram processadas pelo Instituto Adolfo Lutz (SP). Nas duas situações, os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) dos respectivos estados identificaram a presença do vírus e enviaram para os laboratórios de referência nacional para sequenciamento, conforme os protocolos da vigilância”, informou o Ministério da Saúde.

A pasta intensificou as ações de vigilância da variação K porque pode atingir a população com mais força, já que a imunidade é baixa para este subtipo. Isso também significa a proliferação mais rápida.

A medida ocorre após a OPAS/OMS (Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde) emitir alerta epidemiológico apontando aumento de casos e internações por essa gripe em países do hemisfério norte, incluindo nações da Europa e da Ásia.

Hoje, os registros mais frequentes têm ocorrido em países como Estados Unidos e Canadá.

O último boletim epidemiológico da influenza divulgado pela SES foi publicado na sexta-feira (12). Até então, o Estado contabilizava 1.058 casos de Influenza A, sendo 15 do subtipo H3N2. As ocorrências estavam distribuídas em Campo Grande (5), Dourados (1), Corumbá (2), Três Lagoas (1), Nioaque (2), Coxim (1), Chapadão do Sul (2) e Ladário (1).

A reportagem procurou a SES para obter mais informações sobre as investigações que ocorrem no Estado. Em resposta, a assessoria da secretaria informou que a solicitação está com a área técnica e que, assim que possível, os questionamentos serão respondidos.

O que é? —  A Influenza A é a mais associada a surtos e quadros de maior gravidade. O subclado K é uma variação desse tipo de vírus. “Não se trata de um vírus novo”, esclarece o Ministério da Saúde. Segundo o órgão federal, até o momento não há evidências de que essa variante esteja relacionada a casos mais graves.

O que já se verificou é que os sintomas da gripe K são iguais aos de outras gripes, mas  podem ser mais intensos e durar mais tempo. Febre alta, dor de cabeça, dores musculares, tosse, dor de garganta e cansaço estão entre os sinais mais comuns.

Em alerta – Neste ano, o Brasil registrou aumento de casos de Influenza A (H3N2) durante o segundo semestre. O padrão incomum foi observado antes mesmo da identificação do subclado K no país.

“Esse movimento começou na região Centro-Oeste e, na sequência, se espalhou para estados de outras regiões. No momento, as regiões Centro-Oeste e Sudeste já apresentam queda nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) associados à influenza, enquanto Norte e Nordeste ainda registram tendência de crescimento,” explica o órgão federal.

Sobre o subclado K, o ministério destaca que, na América do Sul, não há evidências de crescimento acelerado semelhante ao observado na Europa e na Ásia. “O que se observa é uma circulação mais intensa e antecipada em relação ao padrão esperado no hemisfério norte, o que resulta, consequentemente, em aumento no número de internações”, diz a nota.

Prevenção — As vacinas disponibilizadas pelo SUS protegem contra diferentes formas de gripe, inclusive as causadas pelo subclado K. Além de evitar as formas mais graves da doença, a imunização reduz o risco de hospitalizações. Também são recomendadas medidas como uso de máscara por pessoas com sintomas, higienização das mãos e ventilação adequada dos ambientes.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.





Source link

Related Posts

Deixe um Comentário