Marinha destaca vida dos ribeirinhos no Pantanal em novo documentário

por Assessoria de Imprensa


Distrito Naval de Ladário presta atendimento médico e realiza resgate aeromédico em regiões remotas

Marinha produz filme sobre os ribeirinhos e sua forte presença nas comunidades
Documentário revela o cotidiano das comunidades tradicionais, onde a Marinha chega com apoio médico e resgate. (Foto: Divulgação)

A vida dos ribeirinhos que habitam as barrancas dos principais rios do Pantanal não depende apenas do sustento, que vem da terra e da água. Há algumas décadas, esses brasileiros eram invisíveis nos censos e pesquisas por falta de documentos e abandono. Hoje, embora ainda vivendo em dificuldades por habitarem áreas remotas de difícil acesso, são cidadãos e tem apoio assistencial e logístico.

A Marinha do Brasil produziu o documentário “O Rio que Somos”, com estreia prevista para 2026, retratando a vida dos ribeirinhos no Pantanal e na Amazônia. O filme destaca a presença militar nas comunidades e o papel do Navio de Assistência Hospitalar Tenente Maximiano, que realiza missões médico-hospitalares ao longo do Rio Paraguai. Com direção de Rafael Miranda, o documentário foi gravado em áreas remotas dos estados do Amazonas, Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A produção enfatiza a autonomia e organização das comunidades ribeirinhas, que recebem apoio assistencial e logístico das instituições militares, superando o histórico abandono dessas populações.

A presença do poder público passou a ser mais constante e o esforço na prestação de atendimento social e médico conta com as instituições militares e judiciais. Em Corumbá, a prefeitura desenvolve há 16 anos o projeto “Povo das Águas”. Uma embarcação com equipamentos médicos e profissionais percorre 3.500 km/ano os pantanais do extenso município levando serviços públicos essenciais.

Marinha produz filme sobre os ribeirinhos e sua forte presença nas comunidades
Resgate aeromédico, realizado de helicóptero, socorreu 33 pessoas esse ano no Pantanal. (Foto: Divulgação)

A Marinha do Brasil tem papel fundamental nesse resgate da cidadania entre as comunidades tradicionais do bioma. Além da parceria em ações integradas com outras instituições, a partir de 2009, com a incorporação do Navio de Assistência Hospitalar Tenente Maximiano, o 6º Distrito Naval de Ladário passou a realizar periodicamente missões médico-hospitalares ao longo do Rio Paraguai, em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Batizado com o nome de um militar (Maximiano José dos Santos, que viveu em Ladário até os 113 anos) considerado referência na base naval, ao participar de duas guerras mundiais e da Revolução de 32, o navio-hospital está inserido no documentário “O Rio que Somos”, produzido pela Marinha, com foco no cotidiano dos ribeirinhos do Pantanal e da Amazônia e a presença da força militar nesses rincões.

Desafios geográficos – Com estreia prevista para 2026, o filme revela modos de vida, saberes tradicionais e a relação profunda dessas populações com os rios brasileiros, produzido em trechos fluviais de difícil acesso nos estados do Amazonas, Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. No Pantanal, as gravações foram realizadas em 2024, a bordo do “Tenente Maximiano”.

Marinha produz filme sobre os ribeirinhos e sua forte presença nas comunidades
Mais de dois mil atendimentos médicos realizados no “Tenente Maximiano” em 2025. (Foto: Divulgação)

Segundo a Marinha, com uma abordagem sensível e observacional, o documentário propõe um deslocamento de olhar: em vez de enfatizar carências, destaca a “soberania ribeirinha”, evidenciando a capacidade dessas comunidades de se organizarem, produzirem e manterem sua autonomia mesmo diante de desafios geográficos e estruturais. Como suporte, contam com a assistência médica e a pronta ação em caso de resgate aéreo de vítimas.

“Não se trata de explicar a vida ribeirinha, mas de acompanhar seu ritmo e revelar a força e os saberes de populações moldadas pelo rio”, explica o diretor de “O Rio que Somos”, Rafael Miranda. A equipe de filmagem é composta por militares especializados em produção audiovisual do Centro de Comunicação Estratégica da Marinha, com direção de fotografia de Tawana Yung.



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