Marina Silva é aplaudida de pé na plenária de encerramento da COP 30

por Assessoria de Imprensa


Os delegados na plenária de encerramento da COP 30 ficaram de pé para aplaudir a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que ficou emocionada com a ovação que recebeu. A ministra convocou os presentes a voltar no tempo e conversar com eles mesmos na Rio-92: “o que aquelas versões de nós nos diriam ao olharem para os resultados de hoje?”. E respondeu:

– Certamente nos diriam, antes de tudo, que sonhávamos com muito mais resultados. Que esperávamos que a virada ambiental seria mais rápida, que a ciência seria suficiente para mover decisões, que a urgência falaria mais alto do que qualquer outro interesse. E, olhando para o resultado que alcançamos, e para o grande e grave problema que temos a enfrentar, provavelmente repetiríamos as palavras do presidente Lula: “Estou convencido de que, apesar das nossas dificuldades e contradições, precisamos de mapas do caminho para, de forma justa e planejada, reverter o desmatamento, superar a dependência dos combustíveis fósseis e mobilizar os recursos necessários para esses objetivos” – afirmou Marina.

A ministra citou o fato de não ter sido possível o consenso para que o mapa para o fim dos combustíveis fósseis fosse incluído no documento final da COP, mas ressaltou que o apoio que a iniciativa brasileira” recebeu de muitas Partes e da sociedade fortalece o compromisso da atual Presidência de se dedicar para elaborar dois mapas do caminho. Um sobre deter e reverter o desmatamento. Outro, sobre a transição para longe dos combustíveis fósseis de maneira justa, ordenada e equitativa. Ambos serão guiados pela ciência e serão inclusivos.”

Marina Silva disse que considera que foi dado “um passo relevante no reconhecimento do papel de povos indígenas, comunidades tradicionais e afrodescendentes. Transição justa ganhou corpo e voz na presença desses segmentos. Lançamos o TFFF, um mecanismo inovador que valoriza aqueles que conservam e mantêm as florestas tropicais.”

“Enfim, progredimos, ainda que modestamente’, disse a ministra, voltando a Rio 92:

“Voltando ao nosso encontro com nós mesmos, creio que podemos mostrar, hoje, que apesar dos atrasos, das contradições e das disputas, há uma continuidade entre aquela ambição da Rio-92 e o esforço presente. Que continuamos capazes de cooperar, de aprender e de reconhecer que não há atalhos e que a coragem para enfrentar a crise climática é resultado da persistência e esforço coletivos. Mas, mesmo que aquelas versões de nós mesmos nos dissessem que não fomos tão longe quanto imaginávamos e seria necessário, reconheceriam algo fundamental: ainda estamos aqui.”

A ministra agradeceu a visita dos participantes ao “coração do planeta” . E concluiu:

“Talvez não os tenhamos recebido como vocês merecem, mas recebemos da forma como achamos que é o nosso gesto de amor à humanidade e ao equilíbrio do planeta”, quando foi ovacionada pela plateia.



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