Lula avisa Fachin da escolha por Messias; Mendonça vai ajudar a diminuir resistência no Senado

por Assessoria de Imprensa


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou nesta quinta-feira (20) para o presidente do Supremo, Edson Fachin, para avisá-lo da sua decisão de indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para o tribunal.

A confirmação da escolha de Messias foi anunciada nesta quinta-feira.

Segundo a equipe da coluna apurou, a conversa foi cordial e rápida. Fachin, que participa de uma conferência na Costa Rica, agradeceu ao presidente Lula pela deferência em avisá-lo sobre a indicação antes do anúncio oficial.

Em sua peregrinação pelo Senado para confirmar a indicação ao Supremo, Messias vai contar com o apoio de um cabo eleitoral com bom trânsito entre a tropa de choque bolsonarista: André Mendonça, ministro do tribunal.

Segundo relatos obtidos pela equipe da coluna, Mendonça já sinalizou que está disposto a ajudar Messias a reduzir a rejeição e obter os 41 votos necessários para ter a indicação confirmada, principalmente na bancada mais conservadora e mais alinhada ao ex-presidente, que é o principal foco de resistência ao chefe da Advocacia-Geral da União (AGU).

“Mendonça considera Messias o melhor nome para o STF dos que estavam postos na disputa. E os dois se dão bem institucionalmente”, disse ao blog um interlocutor do ministro do Supremo.

Além de já terem ocupado o cargo de chefe da AGU, Messias e Mendonça possuem outra característica comum: são evangélicos. Messias é membro da Igreja Batista, enquanto Mendonça é pastor da Igreja Presbiteriana.

Indicado ao STF pelo então presidente Jair Bolsonaro em julho de 2021, o “terrivelmente evangélico” Mendonça enfrentou forte resistência do então presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Hoje Alcolumbre é presidente do Senado.

Além do apoio de Mendonça e de lideranças evangélicas, pesa a favor de Messias o histórico do Senado, que não rejeita uma indicação de ministro do Supremo feita por um presidente da República desde o conturbado governo Floriano Peixoto, em 1894.

Atualmente, quatro ministros do Supremo foram indicados por Lula: Cármen Lúcia (segunda mulher na história a comandar o STF), Dias Toffoli, Flávio Dino e Cristiano Zanin.

Cármen foi escolhida por Lula no primeiro mandato e Toffoli, no segundo. Já Dino e Zanin foram indicados pelo petista no atual terceiro mandato, apesar da pressão de setores da sociedade civil pela escolha de uma mulher.

Dos atuais ministros do STF, apenas quatro não foram indicados nem por Lula nem por Dilma Rousseff: Kassio Nunes Marques e André Mendonça, ambos escolhidos por Jair Bolsonaro; Alexandre de Moraes, indicado por Michel Temer; e o decano do STF, Gilmar Mendes, que chegou ao STF por decisão de Fernando Henrique Cardoso.



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