O ator Márcio Garcia foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio a responder por uma dívida de mais de R$ 10 milhões, referente ao ressarcimento de valores pagos por um fiador. A decisão reconheceu que, embora o ator tenha se retirado do contrato social da academia MG Sete Cultura Física, da qual participou como sócio no início dos anos 2000, ele teria continuado atuando na prática como sócio da empresa.
O caso envolve o empresário Júlio Pignatari Júnior, amigo do ator, que atuou como fiador do contrato de aluguel da academia. Quando a MG Sete deixou de pagar as despesas, Pignatari teria desembolsado cerca de R$ 1,5 milhão, na época, para quitar os débitos.
Segundo o tribunal, mesmo após formalizar sua saída da sociedade, em 2001, Márcio Garcia teria permanecido envolvido na condução da academia — o que levou os desembargadores a classificá-lo como “sócio de fato”. Para o colegiado, houve tentativa de simular a retirada da empresa para evitar responsabilidades financeiras.
Agora, o TJ determinou que o apresentador passe a responder diretamente pela cobrança, cujo valor atualizado ultrapassa R$ 10 milhões.
O tribunal reforçou que, quando há indícios de uso da estrutura de uma empresa para esconder responsabilidades ou prejudicar credores, os sócios podem ser alcançados pela cobrança — mesmo aqueles que não aparecem formalmente nos registros.

