Uma juíza argentina foi destituída de seu cargo nesta terça-feira (18) após causar a anulação do julgamento por negligência contra a equipe médica do falecido ídolo do futebol, Diego Armando Maradona, devido à sua participação em um documentário sobre o caso.
Um painel especial de juízes, advogados e legisladores provinciais destituiu Julieta Makintach, 48, do cargo e a proibiu de ocupar qualquer outra posição judicial no futuro.
Makintach era uma dos três juízes no julgamento agora anulado que se seguiu à morte de Maradona em 2020, enquanto se recuperava de uma cirurgia cerebral para remover um coágulo sanguíneo, após décadas lutando contra vícios em cocaína e álcool.
Ela se declarou impedida depois que veio à tona a informação que havia sido entrevistada para uma minissérie sobre o caso, potencialmente infringindo uma série de regras de ética.
Maradona morreu em 25 de novembro de 2020, aos 60 anos, de insuficiência cardíaca e edema pulmonar agudo, duas semanas após ser submetido a uma cirurgia.
Ele foi encontrado morto em sua cama por uma enfermeira.
A equipe médica de Maradona está sendo julgada pelas condições de sua convalescença em uma residência particular.
Os promotores descreveram os cuidados prestados ao ícone do futebol em seus últimos dias como negligência grave.
Os réus podem pegar penas de prisão de oito a 25 anos se forem condenados por “homicídio doloso” —por seguirem um curso de ação mesmo sabendo que poderia levar à morte.
O caso até agora tem se concentrado na decisão dos médicos de Maradona de permitir que ele se recuperasse em casa com supervisão mínima e equipamentos médicos, em vez de em uma instalação médica.
Makintach negou ter participado ou autorizado qualquer filmagem para um documentário sobre o caso, mas imagens divulgadas pela mídia argentina mostraram-na supostamente sendo entrevistada por uma equipe de filmagem na véspera do início do julgamento.

