Encontro no Instituto Tamanduá reúne ministras e lideranças locais para debater a transição ecológica justa
Com presença discreta da Polícia Federal e reforço na segurança do entorno, a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, iniciou a agenda desta quarta-feira (8) em Campo Grande com uma visita ao Instituto Tamanduá, no Jardim dos Estados. Pela manhã, ela conversou com mulheres cientistas que pesquisam espécies do Pantanal, como tamanduás, antas, ariranhas e araras-azuis e ouviu relatos sobre como as mudanças climáticas têm impactado a vida desses animais.
A primeira-dama Rosângela Lula da Silva participa de reunião do projeto Vozes dos Biomas no Instituto Tamanduá, em Campo Grande. O encontro, que conta com a presença das ministras Sônia Guajajara e Simone Tebet, debate propostas sobre justiça social e ação climática no Pantanal. O projeto percorre os seis biomas brasileiros, coletando propostas que serão apresentadas na COP30, em 2025. A programação inclui visita à UFMS, onde serão discutidos temas relacionados à transição climática e direitos humanos, com foco no protagonismo feminino e equidade racial.
O encontro fez parte de uma ação de escuta e troca de experiências sobre a conservação da fauna pantaneira, conduzida pela presidente do instituto, Flávia Miranda, e pela equipe de pesquisadoras locais. O Instituto Tamanduá é referência em estudos de comportamento, habitat e proteção de mamíferos e aves do bioma.
A movimentação em torno do instituto é acompanhada por equipes da Polícia Federal, com viaturas descaracterizadas e agentes posicionados em pontos estratégicos. Apesar do aparato, o trânsito segue normalmente na região. A assessoria do evento informou que o encontro é restrito a autoridades e convidados cadastrados.
No período da tarde, Janja participa de uma reunião do projeto Vozes dos Biomas, que integra as atividades preparatórias da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas). O projeto é conduzido pelas enviadas especiais da COP30 — Janja Lula da Silva (Mulheres, Igualdade Racial e Periferias), Jurema Werneck (Direitos Humanos) e Denise Dora (Transição Justa) — e tem como objetivo ouvir populações locais e lideranças regionais para construir propostas de transição climática justa, com equidade racial e protagonismo feminino.
O encontro desta tarde será realizado no campus da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e representa a etapa dedicada ao bioma Pantanal. Cada bioma brasileiro tem uma escuta específica, e as conclusões serão reunidas em cartas com propostas práticas a serem entregues à Presidência da COP30, prevista para novembro de 2025, em Belém (PA).
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