Governador e Ministra se Manifestam

por Assessoria de Imprensa


Riedel ainda afirmou que toda a situação está sendo acompanhada pelo Governo Federal e pelo Judiciário

Governador e ministra defendem investigação rigorosa sobre conflito em Caarapó
Governador Eduardo Riedel (PP) e a ministra Simone Tebet (MDB) defenderam a investigação da invasão em fazenda de Caarapó (Foto: Helio de Freitas)

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP), voltou a defender a investigação rigorosa e urgente da invasão na Fazenda Ipuitã, em Caarapó, a 274 quilômetros de Campo Grande. Durante agenda em Dourados, na manhã desta segunda-feira (27), o progressista classificou como criminosa a atuação do grupo que culminou na expulsão do caseiro e no incêndio de áreas da propriedade rural, atingindo maquinário e plantações. Ao lado de Riedel, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), ratificou o posicionamento do Governo do Estado.

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, defenderam investigação rigorosa sobre a invasão na Fazenda Ipuitã, em Caarapó. O incidente resultou na expulsão do caseiro e em incêndios que danificaram maquinários e plantações. Riedel afirmou que um pequeno grupo, aliciado por interesses alheios à causa indígena, foi responsável pelos atos criminosos. Embora tenha sido alegado um suposto sequestro de uma adolescente indígena como motivação, o governador destacou a ausência de provas e garantiu que as políticas públicas para populações indígenas serão mantidas.

“É uma ação criminosa e, para tratar de ações criminosas, é a polícia que está tratando disso com muita veemência. O que aconteceu em Caarapó é de um pequeno grupo aliciado por interesses que não têm nada a ver com questões indígenas, e a polícia está investigando. Eu pedi urgência nesse processo para apurar a responsabilidade. Esse pequeno grupo atua sob o comando de alguém, sob o financiamento de alguém, sob a orientação de alguém, e é esse alguém que nós estamos atrás”, reforçou Riedel.

Questionado sobre a motivação da invasão ser um suposto sequestro de uma adolescente indígena, o governador apontou que não há provas. “É sempre uma alegação, mas aí não tem prova, não aparece, não tem testemunha. E não justifica uma coisa com a outra. Se foi, a polícia tem que ir atrás também”, rebateu.

Apesar do posicionamento duro, Riedel garantiu que as políticas públicas para as populações indígenas não serão afetadas. “A ordem vai permanecer nesse Estado e a ação pelas populações indígenas também. Não podemos confundir políticas públicas para as comunidades indígenas, que vamos manter firmes para melhorar cada vez mais a qualidade de vida da nossa população indígena em todos os aspectos de cidadania”, disse.

O governador ainda afirmou que toda a situação está sendo acompanhada pelo Governo Federal e pelo Judiciário.

Tebet reforçou a necessidade de o caso ser “investigado, processado e julgado”. “Crime é crime. Eu vi que houve a menção em relação a uma adolescente. Um crime não justifica o outro, e agora está na mão da Justiça”, disse. A ministra ainda ressaltou que o “Governo Federal não é conivente com nenhum tipo de crime”.

Conflito – A ação aconteceu no último sábado (25), envolvendo indígenas guarani-kaiowá. Segundo uma moradora de propriedade vizinha, que preferiu não se identificar, a ocupação começou por volta das 4h da manhã. A PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) relatou que recebeu um chamado via 190, informando a presença de cerca de 50 indígenas armados, que teriam expulsado o caseiro e iniciado o incêndio.

O CIMI (Conselho Indigenista Missionário), que acompanha o caso, afirma em publicação nas redes sociais que uma jovem de 17 anos foi sequestrada e que, imediatamente, a suspeita recaiu sobre funcionários da fazenda, além de negar que houvesse 50 indígenas armados no local. “A jovem acabou sendo resgatada na sede da fazenda. Revoltados, os Guarani e Kaiowá decidiram não mais sair do local”, afirma.

A nota enviada pela PMMS não menciona o sequestro da jovem indígena, mas informa apenas que equipes da PM e do Corpo de Bombeiros foram até o local “para dar apoio ao comunicante e restabelecer a tranquilidade diante da situação de risco à segurança das pessoas e à ordem pública”, conforme nota oficial.

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