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Fundação de Cultura incentiva selecionados no “Oficinas do Mundo” para participação da segunda fase do projeto em Brasília

por Assessoria de Imprensa

A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul apoia o projeto Oficinas do Mundo, que na primeira fase trouxe para Campo Grande o bailarino José Meireles, do Centre Coréographique National de Tours (França). Dos 27 inscritos na primeira fase, foram selecionados três bailarinos para participar da segunda fase, que acontece em Brasília de 3 a 18 de setembro: André Tristão, Renata Leone e Marcos Mattos. A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul vai custear as passagens dos três participantes.

OFICINAS DO MUNDO é um projeto de residência de criações coreográficas com foco na infância. Thomas Lebrun, Diretor coreográfico do Centre Coréographique National de Tours – CCNT (França), com ampla experiência em criações artísticas voltadas a este público-alvo.

A realização é uma parceria entre o CCNT (França), a Embaixada da França no Brasil, o Instituto Francês,  o Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC), VIVADANÇA e Movimento Internacional de dança – MID.

O projeto é um conjunto de ações de qualificação e capacitação profissional em várias etapas. A primeira etapa do projeto foram oficinas presenciais em cinco cidades do Brasil: Brasília (DF); Campo Grande (MS);  Fortaleza (CE);  Porto Alegre (RS) e   Salvador (BA), de 19 a 28 de abril de 2022.

Na segunda etapa, foram escolhidos participantes por cidade, que participarão de uma imersão, durante 12 dias, no Distrito Federal.

Na terceira etapa, os participantes poderão ser convidados pelos diretores e curadores do MID (BSB) e/ou VIVADANÇA (BA) a apresentar o resultado de seus trabalhos como parte da programação dos festivais, em abril e maio de 2023. Os trabalhos também poderão ser convidados a compor a programação do Centro Coreográfico de Tour, na França, em 2024.

Constituem o núcleo criativo deste projeto artistas da dança contemporânea francesa e brasileira que oferecem diferentes propostas de acesso à dança, a partir das vivências estéticas destas duas culturas, acreditando que a observação e o contato com outras culturas venham a dinamizar e alimentar criações artísticas locais.

Um dos principais objetivos do projeto é oferecer uma ação formativa de dança a partir de estéticas e temáticas voltadas para o público infanto-juvenil, de alto impacto e reconhecimento. Esta ação proporcionará atividades que servirão como fontes complementares de qualificação e renovação de conhecimentos para jovens coreógrafos e dançarinos, estimulando e fortalecendo a cadeia produtiva. Assim como  colaborar para a formação de um novo público através de espetáculos para a infância.

A residência visa o aproveitamento e amadurecimento artístico dos criadores que têm a arte para a infância e juventude como tema. Durante o projeto, eles terão a oportunidade de desenvolver uma atividade de criação artística e intercâmbio cultural, possibilitando trocas valiosas e estimulando a inserção profissional destes artistas no mercado de trabalho local, nacional e internacional.

Para o artista selecionado para a segunda fase do projeto, André Tristão, o “Oficinas do Mundo foi um delicioso encontro de afetos, onde pudemos de forma muito agradável exercitar nossos corpos, acolher o outro, vibrar com cada conquista e entender cada potencialidade. Decidi participar por ter uma pesquisa que dá bastante ênfase ao movimento e sempre querer expandir meus conhecimentos. Não pude deixar de participar desta oficina e perder a oportunidade da troca. Fiquei muito feliz em poder participar da segunda etapa”.

Marcos Mattos, também selecionado, afirmou que suas primeiras impressões sobre o projeto foram as melhores possíveis.

“Todas as vezes que a gente tem oportunidades como essas para acrescentar no trabalho que a gente vem construindo aqui em Mato Grosso do Sul, e de troca também, não é só porque é um projeto da França, mas todos os projetos que têm, são oportunidades de crescimento. Eu gostei muito do projeto, foi um dia de imersão, foi uma manhã e uma tarde, claro que seria mais legal se tivessem mais dias, que o projeto tivesse mais tempo aqui na cidade, e que eu acho que isso é uma aproximação e uma construção para que as próximas possam ser assim”.

“Eu sou um artista da dança, sou um gestor, sou produtor cultural e transito em algumas áreas, mas a minha principal área de atuação é a área da dança, e dentro dela, eu sou bailarino, sou coreógrafo, sou diretor, trabalho com dramaturgia, então eu estou transitando também em outros modos de pensar a dança. É uma oportunidade de crescimento, de entender como outra pessoa produz dança, como que um país diferente do nosso está pensando a dança para criança ou pensando a criação em dança. Eu gosto de ouvir as pessoas, porque eu acho que a experiência é que faz com que a gente também altere os nossos modos de pensar e de fazer. A minha expectativa para o próximo módulo é que eu possa conhecer gente nova possa fazer contatos, possa ter uma experiência no corpo, possa pensar sobre criação em dança, como as pessoas pensam a criação. Lá vão ter pessoas do Brasil todo, eu acho que vai ser uma oportunidade importante para a dança, não só para a minha dança, mas para a dança de Mato Grosso do Sul também. Com a ideia de reverberação, os artistas que estão indo também vão reverberar nos seus coletivos, nos lugares onde atuam, criar redes. Os coletivos nos quais eu participo e a gente enquanto artista entendo que a rede, esse pensamento de rede é um pensamento potente, a gente consegue conectar as pessoas, produzir junto, ampliar o campo de atuação, olhar para o mercado de trabalho… Então eu acho que vai ser uma oportunidade bem importante”.

Renata Leoni, outra selecionada, decidiu participar das “Oficinas do Mundo” porque a convocatória que foi feita pela Fundação de Cultura dizia respeito a pessoas interessadas em conhecer processos criativos relacionados à espetáculos para o público infantil ou para o público jovem. “E como eu estava naquele momento fazendo uma recriação de um trabalho da Companhia Dançurbana, na qual eu trabalho, eu me interessei por esse tema que a gente tem aqui bastante falta de pessoas que trabalham com esse público, foi por isso que eu me inscrevi. E depois chegando lá eu percebi que era uma coisa mais ampla, mais generalizada, não necessariamente direcionada a essa temática, o que foi surpreendente. Aí a gente desenvolveu um trabalho com o José Meireles, que é um dos bailarinos da companhia do Thoma”s.

“Esse ano a Cia Dançurbana completa 20 anos, e a gente está com um novo trabalho para a comemoração dessa trajetória, e também foi um dos motivos que me levaram a me inscrever na oficina, em razão desse processo que a gente está começando a vivenciar aqui na Companhia, que é um novo espetáculo, em que a gente vai juntar pessoas para fazer essa comemoração no palco”.

Agora nessa segunda etapa que a gente vai para Brasília, que tem um tempo muito maior, expandido, de 15 dias, é óbvio que a gente vai poder se aprofundar mais e acredito que essa metodologia que foi introduzida aqui com a gente num primeiro momento vai ser dividida em dois momentos, uma de preparação do corpo com exercícios, com coreografias, e um outro momento de pesquisa, de criação, também baseado em obras que já foram desenvolvidas pelo coreógrafo e os modos como eles utilizam para criação dos trabalhos. Obviamente que agora a gente vai se aprofundar mais, vamos ter mais tempo, vamos poder encontrar outras pessoas que vêm de diferentes lugares do Brasil, e isso enriquece demais, porque cada um vem de uma realidade, e estou muito ansiosa por este momento junto com nossos colegas aqui de Campo Grande que foram selecionados, acho que essa diversidade vai ser bem importante para a gente trocar e quem sabe sair coisas interessantes que a gente possa trazer para cá também”.

Mais informações sobre o projeto “Oficinas do Mundo” podem ser obtidas no Núcleo de Dança da Fundação de Cultura de MS pelo e-mail: nucleodedancafcms@gmail.com

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