Feminicídios disparam e São Paulo registra pior número desde 2015

por Assessoria de Imprensa


O estado de São Paulo voltou a registrar alta significativa nos casos de morte por questões de genero. Entre janeiro e outubro deste ano, a unidade da Federação alcançou o maior número de mortes de mulheres por violência de gênero desde que a lei do feminicídio entrou em vigor, em 2015. No período, foram 207 casos em todo o estado, sendo 53 somente na capital.

Os dados foram levantados com base nos números divulgados no Portal da Transparência da Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo. São considerados apenas os feminicídios consumados, ou seja, não estão inclusas as tentativas de feminicídio, como o caso da mulher que foi atropelada e arrastada por mais de 1km no sábado (29/11).

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O avanço de casos chamou a atenção em meio a episódios recentes que chocaram o país, como a tentativa de feminicídio na Marginal Tietê, quando uma mulher foi atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro pelo ex-companheiro, e o ataque a tiros contra uma funcionária dentro do local de trabalho. Os dois crimes aconteceram em menos de dois dias e escancararam a escalada da violência contra mulheres em SP.

DF também vive aumento e alcança 24 feminicídios

No Distrito Federal, o cenário segue a mesma tendência. Entre janeiro e outubro, 24 mulheres foram assassinadas por motivo de gênero, número superior ao registrado no mesmo período do ano passado. A alta devolve o DF ao mapa das unidades da Federação que voltam a conviver com crescimento dos crimes mais extremos contra mulheres.

O painel interativo da Secretaria de Segurança Pública revela que 39% dos casos de feminicídio ocorridos este ano foram cometidos com arma branca, 17,4% por agressão física, 13% por asfixia e 8% por arma de fogo. Com relação às vítimas, 78,3% não registraram boletim de ocorrência contra o autor, e 43,5% sofreram violência anterior ao feminicídio.

Especialistas ouvidos pelo Correio apontam que, tanto em São Paulo quanto no DF, o aumento reflete uma combinação de fatores: falhas nas redes de proteção, dificuldades de acesso a medidas protetivas e a permanência de vínculos abusivos que se agravam diante de crises econômicas e emocionais.


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