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Fechamento de leitos psiquiátricos na Santa Casa de Campo Grande preocupa população

by Vinicius Bracht

O fechamento dos leitos de internação psiquiátrica na Santa Casa de Campo Grande é uma grande perda para a cidade, já que o acesso a tratamento psiquiátrico pelo SUS já é limitado. A alegação da falta de recurso por parte da Santa Casa é preocupante, pois demonstra a falta de investimento na saúde mental da população.

A solução proposta pela prefeitura de remanejar as vagas para a Maternidade das Moreninhas parece ser uma alternativa válida, já que a maternidade está sem utilização. No entanto, é importante garantir que a estrutura e os profissionais estejam adequados para atender os pacientes psiquiátricos.

É lamentável que as tratativas entre a Santa Casa e a Secretaria Municipal de Saúde tenham se arrastado por tanto tempo, sem uma resolução para o financiamento dos leitos de internação psiquiátrica. A falta de repasse de recursos por parte do Poder Público evidencia a falta de prioridade dada à saúde mental.

Espera-se que o Ministério Público Estadual intervenha nessa situação, garantindo que os direitos dos pacientes psiquiátricos sejam respeitados e que a saúde mental seja tratada como uma prioridade pelos órgãos responsáveis.

Enquanto isso, a população de Campo Grande fica desamparada e sem acesso adequado a tratamento psiquiátrico, o que pode gerar consequências graves para a saúde mental da cidade. É preciso que sejam buscadas soluções imediatas e efetivas para garantir o atendimento necessário aos pacientes psiquiátricos.

E a Sesau, o que diz?

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Campo Grande informou que a rede municipal conta com 101 leitos disponíveis para atendimento de pacientes com problemas psiquiátricos ou usuários de álcool e drogas. Esses leitos estão distribuídos em Centros de Atenção Psicossocial (Caps), residências terapêuticas e unidades de acolhimento.

Além desses, a secretaria destaca que há a possibilidade de utilizar a estrutura existente para implementar leitos de atendimento psiquiátrico na maternidade das Moreninhas. Além disso, o município também possui 12 leitos contratualizados no Hospital Regional para pacientes com problemas relacionados ao álcool e drogas, e mais 27 leitos no Hospital Nosso Lar para pacientes com transtornos psiquiátricos. A Santa Casa também disponibiliza 10 vagas para internação nesse tipo de casos.

A Sesau ressalta que não há fila de espera para atendimento psiquiátrico, pois os casos que chegam são considerados de urgência e a demanda é rotativa.

Atualmente, a Santa Casa de Campo Grande enfrenta dificuldades financeiras e fechou 10 leitos destinados à internação psiquiátrica por falta de recursos. A prefeitura está buscando alternativas para realocar esses pacientes e garantir o acesso aos cuidados de saúde mental.

A Sesau e a Santa Casa continuam em negociações para resolver a situação e garantir um atendimento adequado aos pacientes psiquiátricos na região.

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