Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral de São Paulo que foi executado na segunda-feira (15/9), já tinha sido alvo de uma emboscada. Em dezembro de 2023, ele sofreu um assalto, na Praia Grande, litoral paulista. Na época, Ruy já demonstrava preocupação com a segurança dele e da família, após anos de atuação contra a facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
“Eu combati esses caras durante tantos anos e agora os bandidos sabem onde moro. Minha família, agora, quer que eu deixe o emprego em Praia Grande e saia de São Paulo”, disse Ruy ao jornal O Estado de S.Paulo em 2023.
O ex-delegado e a mulher saíam de um restaurante e iam para casa quando foram abordados. Um dos criminosos apontou a arma para a cabeça de Ruy. Foram roubados celulares, joias, cartões e a moto do casal. Os suspeitos foram presos em flagrante, e os bens, recuperados. Na época, Ruy atuava como secretário da Administração na prefeitura de Praia Grande.
Execução
O carro de Ruy Ferraz foi perseguido e bateu em um ônibus. Em seguida, três homens armados descem de um veículo e disparam contra o carro do ex-delegado. Ele foi morto a tiros.
Policiais militares localizaram o veículo utilizado pelos criminosos. A cena foi preservada para a realização da perícia, e o caso está sendo registrado na Polícia Civil. Equipes realizam diligências e utilizam ferramentas de inteligência para identificar, prender e responsabilizar os envolvidos.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ressaltou que o delegado aposentado deixou um legado marcante na Segurança Pública de São Paulo. “Pioneiro nas investigações contra o PCC, dedicou 40 anos à Polícia Civil, chegando ao cargo de delegado-geral da instituição. Ontem, foi covardemente assassinado em Praia Grande, onde atuava como secretário de Administração da prefeitura. Estamos trabalhando para identificar e prender os criminosos responsáveis, para que sejam exemplarmente punidos pela Justiça, com todo o rigor da lei”, disse o governador.
O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, informou que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) vai apoiar a investigação da Polícia Civil no caso da execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes.
Com informações da Agência Estado*
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