Em um episódio de chuvas torrenciais, o Deserto Black Rock, local de realização do famoso festival “Burning Man“, nos Estados Unidos, tornou-se cenário de desespero para mais de 70 mil participantes, entre eles o DJ Lukas Ruiz, do Vintage Culture, de Mundo Novo, MS.
Ruiz, que nasceu a 463 quilômetros de Campo Grande, descreveu a experiência como um “êxodo humano”, referindo-se ao massivo contingente de pessoas que ficaram presas após as chuvas inundarem o deserto localizado no estado de Nevada.
Através de suas redes sociais e em inglês, o DJ relatou: “Estávamos tentando sair do Burning Man desde sábado. No domingo decidimos caminhar por cerca de 2 horas, chegando até a pegar carona na traseira de uma picape até Reno. Esperamos chegar a tempo no ARC Music Festival.”
Relatos da imprensa americana evidenciam a magnitude do desastre, destacando que a tempestade criou uma camada tão densa de lama que praticamente paralisou o festival. Uma fatalidade já foi confirmada, mas a identidade da vítima permanece sob sigilo.
A edição de 2023 do “Burning Man”, que foi criado em 1986 como um experimento social e colaborativo, contou com apresentações de DJs renomados como LP Giobbi, Diplo, Darin Epsilon, Moblack e Rinzen. O festival tem como proposta ser um espaço de expressão criativa e liberdade.
De acordo com estimativas jornalísticas, os custos diários para participar deste icônico evento que celebra o fim do verão no hemisfério norte chegam a R$ 6,2 mil, com experiências que podem se estender por até uma semana.
A natureza extrema do festival, aliada à recente tragédia, levanta questionamentos sobre os riscos e recompensas de tais eventos grandiosos. Afinal, até que ponto vale a experiência?