Disque Denúncia oferece R$ 100 mil por informações sobre Doca, líder do CV

por Assessoria de Imprensa


O Disque Denúncia ofereceu, nesta terça-feira (28/10), R$ 100 mil por informações que levem à prisão de Edgard Alves Andrade, de 55 anos, mais conhecido no mundo do crime como Doca ou Urso. O traficante é considerado pela Polícia Civil um dos principais articuladores do Comando Vermelho (CV), com forte influência sobre o Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio. A divulgação do cartaz coincidiu com uma grande operação policial em andamento nas comunidades do Alemão e da Penha, onde ele é apontado como alvo prioritário.

O valor da recompensa equipara Doca a Fernandinho Beira-Mar, que mesmo após duas décadas atrás das grades, ainda é reconhecido como o líder máximo da facção. A comparação ilustra o peso de Doca dentro da hierarquia do tráfico e o grau de periculosidade atribuído a ele pelas autoridades.

A megaoperação mobilizou 2,5 mil policiais civis e militares com a missão de cumprir dezenas de mandados contra integrantes do CV — incluindo criminosos procurados em outros estados. O resultado parcial contabilizou 81 presos e 42 fuzis apreendidos. Em uma das localidades vasculhadas, agentes se depararam com um grafite que virou símbolo do domínio do grupo: um urso gigante de colete e fuzil em punho, representação direta da chamada “Tropa do Urso”, facção comandada por Doca na Penha.

Com histórico extenso de violência, Doca é investigado por mais de uma centena de assassinatos, entre eles execuções de crianças e desaparecimentos de moradores em áreas dominadas pela facção. Em outubro de 2023, ele foi apontado como o mandante da chacina de três médicos e da tentativa de execução de um quarto profissional na Barra da Tijuca. O crime teria sido motivado por engano — os médicos foram confundidos com integrantes de uma milícia de Rio das Pedras.

O nome de Doca também foi citado no caso da Diaba Loira, Eweline Passos Rodrigues, traficante catarinense assassinada em Cascadura após trocar o CV pelo Terceiro Comando Puro (TCP). Antes de morrer, ela publicou um vídeo em que ameaçava Oruam e o próprio Doca, acusando-os de tentar subornar um integrante do TCP conhecido como “Cocão”.

As investigações apontam ainda que o traficante mantém influência sobre ações em Gardênia Azul e Rio das Pedras, regiões onde o confronto entre facções e milicianos se intensificou. Um homem de confiança, apelidado de BMW, é apontado como um dos articuladores dessa nova guerra e também está foragido desde o assassinato dos médicos na Barra.

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Doca já figurou entre os principais alvos da operação Buzz Bomb, deflagrada pela Polícia Federal em setembro de 2023 para combater o uso de drones lançadores de granadas por grupos do CV. Desde então, acumula mais de 20 mandados de prisão expedidos pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) e responde a processos por organização criminosa e posse de explosivos, crimes que juntos podem render até 14 anos de prisão.

 


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