Descarte Irregular de Lixo em Córregos: Um Desafio Sem Fim

por Assessoria de Imprensa


Segundo o secretário da Sisep, falta consciência ambiental da sociedade para o serviço ser mantido

A limpeza de córregos em Campo Grande enfrenta desafios contínuos devido ao descarte irregular de lixo pela população. O secretário da Sisep, Ednei Marcelo Miglioli, relatou que, mesmo com esforços frequentes, os locais voltam a ficar sujos rapidamente, como no caso do Córrego Segredo, limpado cerca de 14 vezes desde sua gestão. A falta de consciência ambiental e a dificuldade de acesso a áreas distantes agravam o problema. Um exemplo recente foi o registro de milhares de garrafas pet jogadas às margens do Córrego Três Barras, evidenciando a dimensão do descarte irregular. A Sisep realiza serviços diários, incluindo poda de árvores e limpeza de praças, mas a manutenção dos córregos demanda mais cooperação da população. Autoridades ainda não foram alertadas sobre o caso específico das garrafas pet.

Mesmo com o trabalho rotineiro de limpeza dos córregos feito pela Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), a manutenção da ação não se sustenta por muito tempo, e em poucas semanas todo o lixo recolhido volta a aparecer.

A situação de “enxuga gelo” é relatada pelo secretário da Sisep, Ednei Marcelo Miglioli, que, em entrevista para o Campo Grande News, relatou que falta consciência de parte da população que insiste em descartar lixo de maneira irregular.

“Fazemos este serviço de limpeza dos córregos quando há disponibilidade de equipe e de acordo com a urgência da manutenção. Mas o que acontece é que, na semana seguinte em que fazemos o trabalho, está tudo sujo novamente”, disse Miglioli.

O córrego Segredo, que fica na avenida Ernesto Geisel, foi citado pelo secretário como um dos córregos com maior demanda para limpeza e, mesmo utilizando maquinários como escavadeira hidráulica para retirada de lixo, o local fica por pouco tempo limpo.

“Um exemplo é na Ernesto Geisel, desde quando assumi o cargo de secretário, já fizemos o trabalho de limpeza umas 14 vezes ali, mas, se você for lá hoje, está sujo. É um trabalho, infelizmente, de enxugar gelo porque falta responsabilidade social para uma parte da população”, alegou.

Conforme informações da reportagem do Campo Grande News, entre duas pontes existentes ao longo da estrada que dá acesso ao presídio da Gameleira, foram encontradas nesta segunda-feira (24) milhares de garrafas pet à beira do córrego Três Barras.

Um trabalhador que atua no controle de javalis se deparou com esta cena alarmante e registrou o montante de garrafas a cerca de 400 metros para dentro da mata.

No vídeo enviado ao Campo Grande News, é possível ver a extensão do lixo jogado na mata e, logo adiante, o córrego que recebe parte desses resíduos.

Questionado sobre a limpeza de córregos distantes da região central da cidade, aos quais só é possível ter acesso adentrando na mata, o secretário respondeu que nessas localidades é mais difícil realizar a manutenção por conta da dificuldade de acessar o local com maquinário.

A Sisep tem uma equipe que atua diariamente na manutenção da cidade, porém esta equipe realiza diversos serviços além da limpeza das margens dos córregos. Eles atuam também na poda de árvores, limpeza de praças e terrenos baldios.

No caso exemplificado pelo secretário, o córrego Segredo é limpo uma vez a cada dois meses, porém o desafio é manter esse serviço por um longo período.

“Às vezes, uma pessoa reclama da sujeira do bairro e pede o serviço para retirar um lixo que é causado pelo seu próprio vizinho; se não limpamos, o acúmulo de lixo continua e, quando limpamos, o lixo volta a ser descartado irregularmente”, acrescentou Miglioli.

Referente ao flagrante do descarte irregular de garrafas pet no córrego Três Barras, o Campo Grande News solicitou informações à PMA (Polícia Militar Ambiental) para saber se há alguma verificação em andamento. A corporação retornou à solicitação, informando que não recebeu nenhuma denúncia até o momento sobre o registro.

Em viagem para a realização de um curso, o secretário Marcelo Miglioli também informou não estar ciente da situação ambiental relatada pela reportagem.

Até o momento, não há informações sobre como os dejetos foram descartados no local nem sobre quem seria responsável pelo despejo irregular.

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