Pelo menos 32 garimpeiros morreram após o colapso de uma mina de cobalto no sul da República Democrática do Congo, informaram autoridades neste domingo (16).
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“Foram resgatados 32 corpos” após a queda de uma ponte que delimitava a área de mineração em Kalando, na província de Lualaba, afirmou o ministro regional do Interior, Roy Kaumba Mayonde. Segundo ele, as equipes de busca “continuam” os trabalhos no local.
O ministro explicou ainda que o acesso estava interditado “devido às fortes chuvas e aos riscos de penetração”, mas que “garimpeiros irregulares forçaram a entrada” na pedreira. De acordo com Mayonde, a ponte cedeu no momento em que eles atravessavam.
Relatos de pânico entre trabalhadores
Um relatório do Órgão de Governo de Assistência Técnica e Financeira às Cooperativas de Mineração (SAEMAPE), consultado pela AFP neste domingo, aponta que militares presentes na região teriam provocado um movimento de pânico.
“Ao cair”, os garimpeiros “se amontoaram uns sobre os outros, causando feridos e mortos”, descreve o documento.
Arthur Kabulo, coordenador regional da Comissão Nacional de Direitos Humanos, afirmou à AFP que “mais de 10 mil” garimpeiros trabalham em Kalando, cuja suspensão foi anunciada pelas autoridades neste domingo.
A República Democrática do Congo responde por mais de 70% da produção mundial de cobalto, metal essencial na fabricação de baterias usadas em eletrônicos e veículos elétricos.
Embora grande parte do cobalto congolês seja extraída por operações industriais, estima-se que mais de 200 mil pessoas atuem em áreas de mineração ilegais.

