Aos 38 anos, ela transformou o tempo livre em um negócio de moda circular com peças de até R$14 mil
Quando os filhos cresceram e a rotina de casa ficou silenciosa demais, Cristiane Zamban, 38 anos, decidiu ocupar o tempo com algo que fosse só dela. A paixão por moda e o gosto por marcas de luxo, especialmente bolsas de grife, inspiraram o nascimento do Garimpo da Euclides, uma butique de moda circular que começou de forma inusitada — na sala da própria casa.
O Garimpo da Euclides, brechó de luxo criado por Cristiane Zamban, de 38 anos, funciona na sala de sua residência e comercializa peças de grifes renomadas como Gucci, Valentino e Michael Kors. O estabelecimento surgiu quando ela buscava uma atividade própria após os filhos crescerem. O negócio opera no modelo consignado, com peças disponíveis por até quatro meses e preços que variam de R$ 65 a R$ 3 mil. Com planos de expansão para o público masculino e lançamento de um site, o brechó atualmente funciona na Rua Pestalozzi, 52, em Campo Grande.
Marcas como Jacquemus, Gucci, Isla, Saad, Michael Kors, Calvin Klein e Valentino estão penduradas nas araras do espaço, que rapidamente virou ponto de encontro de mulheres em busca de peças exclusivas e preços convidativos. O nome da loja, uma homenagem à futura localização na Rua Euclides da Cunha, causa certa confusão: muita gente ainda acredita que a dona se chama Euclides.
No início, o negócio ocupava apenas um cômodo. Com o tempo, tomou conta da sala e de outros espaços da casa onde Cristiane mora com a família. Segundo ela, o diferencial está nos valores: “Uma bolsa que custa R$ 7 mil aqui sai por quase R$ 3 mil. Tem muita mulher apaixonada por luxo, e o público existe”, explica. O brechó também abriga marcas mais acessíveis como Arezzo, Zara e Nike.
Mais do que etiquetas famosas, Cristiane busca qualidade e estilo. Ela mesma faz a curadoria das peças, que variam entre R$ 30 e R$ 14mil. “Tem para todos os bolsos”, resume. Além das roupas, o Garimpo vende moda fitness e semijoias com pedras naturais.
“Temos roupas de couro Legítimo, desde roupas usadas quanto novas com etiqueta de lojas parceiras que mudam as coleções e nos mandam aqui para as peças não ficarem paradas em estoque”.
O funcionamento segue o modelo de consignado: as peças são deixadas por clientes, avaliadas e ficam disponíveis por até quatro meses. Se não são vendidas, voltam às donas. “É um jeito de manter a rotatividade e evitar acúmulo de estoque”, explica.
Mais do que um empreendimento, o brechó simboliza um recomeço pessoal. “Eu vivia para os filhos e para casa. Pedi a Deus algo que me fizesse sentir viva de novo, e o brechó me deu isso. É moda, é reciclagem, é vida nova”, diz Cristiane, que agora planeja abrir uma loja voltada ao público masculino e lançar um site.
Confira a galeria de imagens:
Enquanto o novo endereço não fica pronto, quem quiser conhecer o Garimpo da Euclides pode visitar o espaço atual, na Rua Pestalozzi, 52, um lugar onde o luxo e a sustentabilidade dividem o mesmo cabide.
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