O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, fez uma saudação especial e pediu aplausos para a ministra Marina Silva no discurso de abertura da cúpula.
Diante de representantes de 194 países, o embaixador disse que a ministra é uma “inspiração para tantas pessoas neste mundo”.
— E, a senhora pode ter certeza, uma imensa inspiração para a presidência brasileira desta COP — arrematou.
A deferência não passou despercebida por quem acompanhou os bastidores da preparação do evento.
Quando o Brasil foi escolhido para sediar a COP30, Marina chegou a ser cotada para comandar a conferência, que sempre é presidida por um escolhido do país anfitrião.
Mais tarde, houve especulação de que o cargo poderia ser ocupado por alguém de seu grupo político. Uma das opções era a ambientalista Ana Toni, então secretária nacional de Mundança do Clima.
Marina afirma que nunca se candidatou à presidência da COP30 e nem indicou alguém para o posto.
No início de 2025, o presidente Lula nomeou o embaixador Corrêa do Lago, que comandava a Secretaria de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores.
Por indicação de Marina, o presidente nomeou Ana Toni ao cargo de diretora-executiva da COP30, principal posto abaixo de Corrêa do Lago na cúpula.
O embaixador e a ministra do Meio Ambiente têm boa relação e trabalham juntos desde que ele foi escolhido, segundo fontes ligadas às duas autoridades.

