CNBB nomeia bispo para o acompanhamento espiritual da pastoral LGBT+

por Assessoria de Imprensa


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) designou Dom Arnaldo Carvalheiro Neto, bispo de Jundiaí (SP), como bispo referencial para o acompanhamento pastoral de grupos católicos LGBT+. O ato é inédito no Brasil. No mundo, apenas as conferências episcopais da Alemanha e da Bélgica possuem bispos designados para acompanhar a comunidade LBGT+.

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A nomeação ocorreu no dia 17 de outubro, mas apenas hoje foi publicada oficialmente. “A nomeação foi recebida com profunda gratidão, reconhecendo que ela é fruto da caminhada fiel, madura e comprometida de todas e todos nós, cristãos leigos e leigas que têm testemunhado o Evangelho da dignidade, da misericórdia e da acolhida em nossas comunidades”, diz a Rede Nacional de Grupos Católicos LGBT+, em postagem no Instagram.

“Esta conquista é resultado do trabalho e dedicação pastoral de grupos que há uma década lutam pela dignidade da fé de cristãos leigos e leigas LGBT+ na igreja e na sociedade, aliado ao diálogo e à parceria com o Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB). Essa caminhada conjunta, ancorada no processo sinodal, fortaleceu aquilo que o Sínodo nos convida a viver de forma concreta: comunhão, participação e missão”, prossegue a publicação.

A nota diz ainda que a nomeação de Dom Arnaldo reforça que “a sinodalidade acontece quando o povo de Deus caminha unido, discernindo novos caminhos de cuidado pastoral e presença evangelizadora”.

Diversidade Cristã

A Rede Nacional de Grupos Católicos LGBT+ existe há 11 anos, a partir da iniciativa de grupos da comunidade LGBT que atuam em algumas cidades, como Rio de Janeiro, onde foi criada a primeira pastoral com esse propósito, há 18 anos; São Paulo, com 15 anos; e em Brasília, com o Diversidade Cristã, que se reúne há 12 anos, no Centro Cultural de Brasília (CCB), sob a orientação dos padres jesuítas.

“Esse reconhecimento da CNBB vem para validar, principalmente, no ambiente eclesial, a nossa profissão de fé, a nossa atividade enquanto cristã. Então, é, isso é o que a gente, né, entende e acolhe com essa nomeação. Sabemos que um bispo referencial não resolve todos os nossos problemas, não é uma fórmula mágica. Mas coloca uma luz diferente sobre essa temática dentro da vida da igreja no Brasil”, comenta Camila Santos, secretária nacional da Rede Nacional de Grupos Católicos LGBT+ , ao comemorar a nomeação.

“A gente está celebrando, hoje, a colheita de um trabalho profético que está mudando a igreja no Brasil, e, quem sabe, no mundo. Às vezes a gente não se dá conta. Mas o que está acontecendo hoje é histórico”, salienta.

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