Brasileiro que teve dedos mutilados em Portugal muda de escola: ʽSão desumanosʼ

por Assessoria de Imprensa


Eles abandonaram a casa em Cinfães, uma pequena vila de Viseu, e foram para Aveiro, onde têm família. O padastro viajou de Barcelona, onde trabalha, para dar apoio.

Mãe de José, que completou dez anos na última semana, Nívia Estevam confirmou ao Portugal Giro a transferência do estudante para outro colégio público.

— Consegui. Fiz pelo portal de matrículas e precisei ligar para o agrupamento de administração de escolas para eles validarem e a transferência ser executada — disse ela.

Apesar de ter resolvido a parte burocrática rapidamente, a soldadora brasileira criticou o tratamento que recebeu antes de concluir o trâmite:

— Eu precisei ligar para o agrupamento de Souselo (onde moravam) para validar. Eles sabiam com quem estavam falando, me identifiquei. Não tiveram a decência de dizer “sinto muito” pelo que aconteceu com seu filho. Não, são desumanos.

José perdeu partes de dois dedos da mão esquerda (é destro) em uma agressão cometida por outras crianças em uma escola pública de Cinfães, em Viseu, no último dia 10.

Ele teve os dedos presos em uma porta durante a violência cometida por dois alunos. Parte de um dos dedos foi implantada. José se recupera da cirurgia, mas os dedos mutilados terão proporções diferentes.

A brasileira ressaltou que funcionários disseram para ela que foi “briga entre crianças, que acontece e que José nem sangrou tanto assim”.

Segundo Nívia disse à coluna nesta reportagem, o filho só consegue dormir se tomar remédio, receitado pelos médicos do Sistema Nacional de Saúde no Hospital São João, no Porto.

Em nota, o Ministério da Educação informou que foi aberto processo de “averiguações sobre o incidente a pedido do diretor-geral da Direção-Geral de Estabelecimentos Escolares”.

Procurados, a escola e o agrupamento que administra os colégios da região de Souselo não responderam.



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