Bolsonaristas estão atrás de pastor infiltrado em vigília por curiosidade sobre o ‘golpe de mestre’ e o sermão

por Assessoria de Imprensa


Ismael Lopes, homem que se passou por pastor e interrompeu a vigília de Flávio Bolsonaro, no sábado, está recebendo uma onda de mensagens — inclusive de apoiadores do ex-presidente — e muitas delas não vieram em tom de agressão.

Segundo ele, parte dos próprios bolsonaristas o procurou para entender o que motivou o discurso e, principalmente, o fundamento bíblico usado no ataque a Bolsonaro.

Comenta o militante da esquerda:

— Tem gente da direita me mandando mensagem curiosa, querendo entender o contexto dentro do evangelho.

Ismael, que vive em Brasília, conta que foi ao ato apenas para gravar uma piada e ir embora, mas mudou de ideia ao ouvir o que era dito no palco. Procurou a equipe de segurança, pediu a palavra e acabou encaixado na programação porque faltava justamente um pastor.

A fala foi construída a partir de Eclesiastes 10, 1-8: “Quem cava uma cova pode cair nela, e quem rompe um muro pode ser mordido por uma cobra”. E o inusitado foi que os bolsonaristas acharam inicialmente que ele estava se referindo a… Lula. Um golpe de mestre arquitetado minutos antes de pegar o microfone.

Durante o tumulto, Flávio Bolsonaro pediu ao público que não o agredisse. Mesmo assim, nem todos ouviram o senador. Ismael foi agredido e registrou um boletim de ocorrência por lesão corporal e tentativa de linchamento.

Segundo o militante, ele pensou em tudo sozinho de última hora, sem articulação com o Conselho de Participação Social da Presidência da República, órgão ao qual é membro e que foi criado por Lula para reunir representantes da sociedade civil e movimentos sociais em um espaço de interlocução direta com a Presidência.



Source link

Related Posts

Deixe um Comentário