‘Baile da Papuda’ comemora condenação de Bolsonaro, em Minas

por Leandro Ramos


A condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado, nessa quinta-feira (11/9), provocou comemorações em Belo Horizonte. O bar Xangô, na Rua Sapucaí, no Bairro Floresta, na Região Leste da capital mineira, organizou, na noite desta sexta-feira (12/9), o chamado Baile da Papuda, que celebra a pena imposta ao ex-presidente. 

Em um material de divulgação postado nas redes sociais, o bar informou que o evento é “uma noite histórica pra gente lavar a alma, celebrar o amor, a democracia e dançar muito ao som do melhor da música brasileira”.

A reportagem passou pelo local do baile, que estava cheio. Usando camisas vermelhas e outros símbolos da esquerda, os participantes demonstraram alegria, dançando e cantando músicas como “Só não vai Jair”, que ironiza o ex-presidente.

Nessa quinta-feira, opositores de Bolsonaro já haviam comemorado a condenação do ex-presidente com um bailão organizado pelo Coletivo Alvorada. O evento ocorreu no Bar Brasil 41, reduto da esquerda belo-horizontina. No mesmo dia, apoiadores do ex-presidente protestaram na Praça Sete, Região Central da capital mineira.

Condenação

Bolsonaro foi condenado, pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por 4 votos a 1, pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado.

Além do ex-presidente, outros sete aliados dele foram condenados na ação penal da trama golpista. São eles: o general Braga Netto, o general Augusto Heleno, o almirante Almir Garnier, o tenente-coronel Mauro Cid, o deputado federal Alexandre Ramagem, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o general Paulo Sérgio Nogueira.

Apesar da definição do tempo de condenação, Bolsonaro e os demais réus não serão presos imediatamente. Eles ainda podem recorrer da decisão e tentar reverter as condenações. Somente se os eventuais recursos forem rejeitados, a prisão poderá ser efetivada.

Bolsonaro está inelegível desde junho de 2023. Atualmente, cumpre prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes.

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(Com informações da Agência Brasil)


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