Lula marcou uma reunião para a manhã desta quarta-feira com Rui Costa, Ricardo Lewandowski, Jorge Messias e Andrei Rodrigues, respectivamente chefe da Casa Civil, ministro da Justiça, chefe da AGU e diretor-geral da PF, para definir o que o seu governo pode oferecer ao Rio de Janeiro para garantir a segurança no estado, depois da operação desastrada de ontem, que resultou em 64 mortos.
Não há como antecipar que medidas serão tomadas. Mas no entorno de Lula uma das possibilidades mais repetidas é a decretação de uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem), uma ação que sabidamente recebe restrições do próprio Lula. Ape ar disso, o uso das Forças Armadas para garantir a segurança foi usado no Rio em novembro passado, durante os dias do G20, com um efetivo de 9 mil militares e o emprego de blindados, e durante a reunião dos Brics, em julho.
De acordo com um auxiliar graduado de Lula, a GLO seria o único modo de o governo federal dar uma resposta concreta e imediata à explosão da violência e a insegurança da população. Diz o auxiliar:
— Por que, do contrário, é como lavar as mãos e deixar tudo na conta de um governador incompetente.
O fato é que Lula não é simpático à decretação de uma GLO. Mas o que se espera da reunião desta manhã são medidas concretas. Não só por causa do problema específico do Rio de Janeiro. Mas por que, para o governo Lula, dar uma resposta reposta mais efetiva é também uma maneira de se colocar de modo adequado num debate que será central na eleição do ano que vem: a segurança pública.

